Marcelo Soares • 20/06/2022
20/06/2022Fala pessoal!
Professor Marcelo Soares na área para mais um bate-papo.
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Pois bem. Feito o convite, vamos ao que interessa. Hoje, conversaremos sobre a curva de maturidade de Hersey e Blanchard.
A teoria de liderança proposta por Hersey e Blanchard propõe que o estilo de liderança a ser adotado depende, principalmente, da maturidade do liderado. Entenda maturidade como capacidade (competência) + vontade de realizar determinada tarefa.
Algumas bancas organizadoras e autores utilizam o termo “grau de prontidão” para se referir ir ao conceito de maturidade. Aceite como sinônimos.
Disso, temos que um subordinado maduro é um indivíduo que possui os conhecimentos necessários (maturidade no trabalho), bem como está disposto a realizar o trabalho (maturidade psicológica). O modelo propõe que a maturidade do subordinado seja classificada em quatro níveis (M1 a M4):
M1: Baixa capacidade para o desempenho das tarefas e está desmotivado.
M2: Possui capacidade insuficiente e um pouco de motivação ou está desmotivado e possui um pouco de capacidade de executar suas tarefas.
M3: Possui capacidade, mas sua motivação é instável
M4: Bastante capacitado e muito motivado
Ao definir o nível de maturidade dos subordinados, o líder pode traçar uma estratégia apropriada: variando de um estilo mais presente e orientado para tarefas até um estilo que dá maior autonomia para o subordinado. Hersey e Blanchard propõe quatro estratégias, conforme detalhado abaixo:
E1 – Determinar: líder mais orientado para tarefas e coercitivo na forma de trabalho. O líder dizer o que deve ser feito e como deve ser feito. É a estratégia utilizada para M1 (quando subordinado não sabe nem quer saber como fazer a tarefa).
E2 – Persuadir: líder que alia uma orientação para tarefas com uma orientação para o relacionamento com os liderados, ou seja, cobra resultados, porém fornece apoio e orientação na execução das atividades. É a estratégia utilizada para o subordinado com maturidade intermediária (M2).
E3 – Compartilhar – Estratégia adotada quando o liderado possui capacidade para executar a tarefa (M3), assim, o papel do líder é mais de apoiar a tomada de decisão e estimular o liderado para a execução das tarefas.
E4 – Delegar – Estratégia adotada quando o liderado é competente e motivado para a execução das tarefas. Assim, a atuação do líder é mais discreta. Basta delegar e conceder autonomia para que o liderado execute suas atribuições.
O modelo que conjunta esses níveis de maturidade com as estratégias é descrito abaixo. Destaco que a “leitura” do modelo é feita da direita para esquerda.
Vamos fixar com algumas questões?
FGV – IBGE – Coordenador Censitário Subárea – Reaplicação – 2020)
Um administrador acaba de assumir a chefia da área de TI da organização em que trabalha. Os membros da equipe são especialistas em suas áreas de atuação, têm bastante experiência e seu trabalho é muito valorizado pela organização. No entanto, o grupo resiste ao novo chefe e não demonstra interesse em desempenhar as suas atribuições. Na situação descrita, pela teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard, o estilo de liderança adequado seria:
a) diretivo;
b) persuasivo;
c) participativo;
d) orientado para resultados;
e) delegador.
COMENTÁRIO:
No contexto da questão os membros da equipe são capazes porém pouco motivados. Vamos analisar as alternativas.
Alternativa A. Errado. O estilo de liderança diretivo é mais orientado para tarefas e coercitivo na forma de trabalho. O líder diz o que deve ser feito e como deve ser feito. Indicado para equipes incapazes e motivadas (M1).
Alternativa B. Errado. O estilo de liderança persuasivo alia uma orientação para tarefas com uma orientação para o relacionamento com os liderados, ou seja, cobra resultados, porém fornece apoio e orientação na execução das atividades. Indicado para equipes com capacidade insuficiente e um pouco de motivação ou está desmotivado e possui um pouco de capacidade de executar suas tarefas (M2).
Alternativa C. Certo. O estilo de liderança participativo é a estratégia adotada quando o liderado possui capacidade para executar a tarefa (M3), assim, o papel do líder é mais de apoiar a tomada de decisão e estimular o liderado para a execução das tarefas.
Alternativa D. Errado. Não há estilo de liderança voltado para tarefas na teoria da curva de maturidade de Hersey e Blanchard.
Alternativa E. Errado. O estilo de liderança delegador é astratégia adotada quando o liderado é competente e motivado para a execução das tarefas. Assim, a atuação do líder é mais discreta. Basta delegar e conceder autonomia para que o liderado execute suas atribuições. Indicado para equipes muito capazes e muito motivadas.
GABARITO: Letra C.
FGV – Prefeitura de Salvador – BA – Especialista em Políticas Públicas – 2019)
Em determinada organização, o administrador se baseia na teoria situacional para liderar seus subordinados.
Seguindo essa teoria, ao reconhecer que possui subordinados competentes e dispostos, o administrador deve assumir uma postura de
a) direção
b) persuasão
c) orientação
d) delegação
e) participação
COMENTÁRIO:
“Seguindo essa teoria, ao reconhecer que possui subordinados competentes e dispostos”
Quando os subordinados possuem alto nível de competência e alta motivação o melhor estilo de liderança é o Delegador. Assim, a atuação do líder é mais discreta. Basta delegar e conceder autonomia para que o liderado execute suas atribuições.
GABARITO: Letra D
FGV – Câmara de Salvador – BA – Analista Legislativo – Desenvolvimento de Pessoas – 2018)
A teoria da liderança situacional, proposta por Hersey e Blanchard, enfatiza as características dos liderados para determinar o comportamento de liderança mais adequado – ou seja, a teoria sustenta que o estilo de liderança mais eficaz é contingente às características dos liderados.
Mais especificamente, a teoria propõe que o estilo de liderança mais eficaz depende do nível de prontidão dos subordinados, que se refere ao:
a) nível das competências individuais e ao grau de satisfação com o trabalho;
b) nível de engajamento e ao tipo de comprometimento organizacional;
c) grau de capacidade e ao interesse em desempenhar uma determinada tarefa;
d) nível de satisfação com a chefia e ao grau de proatividade do subordinado;
e) grau de atração das recompensas e à percepção da relação esforço-desempenho.
COMENTÁRIO:
Maturidade: é a capacidade e a vontade das pessoas assumirem a responsabilidade pela orientação do próprio comportamento, e pode ser dividida em: maturidade no trabalho e maturidade psicológica.
• Maturidade no trabalho: refere-se à capacidade de conhecimento e treino necessários para desempenhar o trabalho, e é avaliada numa escala de quatro intervalos: 1. pouca maturidade; 2. alguma maturidade; 3. bastante maturidade; e 4. muita maturidade.
• Maturidade psicológica: refere-se ao querer ou à vontade, o que pressupõe autoconfiança e dedicação, e é também avaliada numa escala de quatro intervalos: 1. raramente; 2. às vezes; 3. frequentemente; e 4. geralmente.
Conforme exposto, alternativa correta é a letra C.
GABARITO: Letra C
FGV – MPE-AL – Analista do Ministério Público – Gestão Pública– 2018)
Um dos principais modelos de liderança organizacional é apresentado pela teoria situacional de Hersey e Ken Blanchard, que preconiza a ideia de que os líderes devem ajustar suas características de acordo com
a) a influência dos acionistas.
b) a competitividade do setor.
c) o tamanho da organização.
d) a maturidade dos subordinados.
e) o tipo de negócio.
COMENTÁRIO:
A teoria de liderança proposta por Hersey e Blanchard propõe que o estilo de liderança a ser adotado depende, principalmente, da maturidade do liderado. Entenda maturidade como capacidade (competência) + vontade de realizar determinada tarefa.
Algumas bancas organizadoras e autores utilizam o termo “grau de prontidão” para se referir ir ao conceito de maturidade. Aceite como sinônimos.
Portanto, a alternativa D é a correta.
Gabarito: Letra D
Espero que tenha curtido nosso bate-papo de hoje. Se quiser aprofundar seus conhecimentos em Administração, sugiro que conheça nossos cursos.
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Forte Abraço e até o nosso próximo encontro.
Marcelo Soares
Auditor do Estado do Mato Grosso. Graduado em Administração, pós-graduado em Gestão Pública e mestre em Administração (Estratégia e Governança Corporativa). Aprovado e nomeado nos cargos de Auditor do Estado do Mato Grosso, Auditor Fiscal da Receita Municipal de Cuiabá, Auditor Governamental do Piauí, duas vezes para Analista Judiciário - área administrativa (TRF-1ª, TRT-11ª), Administrador da EBCT, Administrador da Secretaria de Cultura do Amazonas, Administrador da Secretaria de Infraestrutura do Amazonas, Agente de Fomento - área administrativa da AFEAM.
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