Ermilson Rabelo • 28/06/2020
28/06/2020Olá pessoal, estou de volta para contar como fui aprovado em 1° lugar para Auditor Fiscal da SEFAZ-GOIÁS!
Como viram na Parte-01(caso não tenha visto, veja: DEPOIMENTO PARTE-01), no início de 2016, fui aprovado para Auditor Fiscal de Goiânia. Pois bem, fiquei muito feliz, curti e aproveitei a aprovação!
Após o período de euforia pela aprovação, tentei continuar estudando porque sempre tive o sonho de poder voltar a morar em Fortaleza. Com isso, voltei, aliás, tentei voltar a estudar! Estudei por duas semanas com um ritmo muito baixo e ruim. Após isso, larguei e fiquei por esperar minha nomeação em Goiânia.
Em junho de 2016, foi publicado o edital para o concurso de Auditor Fiscal de Teresina com apenas 06 vagas(AC) e um excelente salário (17mil previstos no edital, mas na prática o salário era entre 22 mil a 24 mil). E agora?! Eu estava parado e esse excelente concurso saiu! Como tinha falado, eu tinha muito a intenção de voltar a morar em fortaleza, mesmo que Teresina fosse em outro Estado, seria plenamente possível ficar mais próximo de meus familiares e amigos. A distância entre Teresina e Fortaleza é de, aproximadamente, 580 KM.
Pois bem, edital publicado e com aproximadamente 70/80 dias até a prova. O que eu poderia fazer?? Dar o meu melhor e torcer que o meu melhor fosse suficiente para conseguir uma dessas vagas.
Eu tinha férias para tirar no meu trabalho e queria utilizar essas férias não gozadas para receber como indenização quando fosse nomeado em Goiânia. Eu receberia aproximadamente uns 8 mil reais por essas férias não gozadas. Um valor considerável! No entanto, preferi pedir minhas férias para que eu pudesse me dedicar ao certame de Teresina. Afinal, era o que eu poderia fazer naquele momento para conseguir mais tempo para estudar.
Então, comecei a estudar para o certame de Teresina! Logo depois foi publicado o Edital do ICMS Maranhão com provas marcadas para duas semanas após a prova de Teresina. No entanto, eu não tinha muito interesse nesse certame porque o valor da remuneração não era tão atraente comparado ao do ISS-Goiânia. Logo, não era um esforço tão válido. Em Goiânia a remuneração inicial prevista era de aproximadamente 13 mil reais e no Maranhão era de aproximadamente 14 mil reais.
Apesar de não estar interessado no certame da SEFAZ-MARANHÃO eu decidi que ia fazer para aproveitar o embalo do estudo para Teresina. Claro que havia matérias diferentes, principalmente a legislação do ICMS que é muito mais complexa que a legislação do ISS. Nesse caso, eu decidi estudar a parte básica do ICMS ao longo do estudo do ISS-TERESINA e as partes específicas da legislação do Maranhão eu estudaria somente após a prova de Teresina.
Loucura tudo isso né?! Eu já estava na chuva…então tinha mais era que molhar mesmo!
Após a realização dessas duas provas, fiquei em 14º lugar na prova objetiva do ISS-TERESINA (haveria uma segunda fase, com provas discursivas marcadas para dezembro de 2016) e fiquei em 23º lugar no ICMS maranhão. O concurso do Maranhão era com apenas uma fase e havia 26 vagas (AC), ou seja, eu tinha sido aprovado na SEFAZ-MARANHÃO.
Ressalto que os resultados do ISS TERESINA e do ICMS-MARANHÃO foram divulgados no final de outubro de 2016.
Antes disso, no dia 17 de outubro de 2016, eu havia tomado posse como Auditor Fiscal do Município de Goiânia. Eu estava muito feliz com meu tão sonhado cargo e com a bela cidade de Goiânia.
Após tomar posse em Goiânia, eu não tinha dúvidas de que não iria assumir a minha vaga do ICMS Maranhão, visto que naquela época a diferença salarial era muito pouca. Dessa maneira, após ter havido a nomeação, em dezembro de 2016, eu fiz minha carta de renúncia à minha vaga.
Detalhe: No edital do concurso estava previsto remuneração de R$ 9.600,00, mesmo assim eu sabia que a remuneração era de R$ 14.000,00. Hoje, com o forte aumento da arrecadação tributária do Maranhão, em virtude dos novos Auditores, o salário dos Auditores está em torno de R$ 23.000,00.
Em relação ao ISS TERESINA, caso eu conseguisse uma aprovação, eu já tinha muitas dúvidas, visto que o salário era excelente e a cidade era um pouco próxima de Fortaleza. Felizmente ou Infelizmente, eu não tive que tomar essa decisão. Após a prova discursiva eu despenquei da posição 14 para a posição 31. Assim, eu continuei normalmente em Goiânia.
Como falei, tomei posse no ISS-GOIÂNIA em outubro de 2016. Até a segunda fase da prova de Teresina, que foi realizada em dezembro de 2016, eu estudei um pouco as matérias que seriam cobradas (Legislação Tributária Municipal, Direito Tributário e Contabilidade). Após a realização da segunda fase de Teresina, eu parei de estudar.
No entanto, alguns meses depois, em torno de março de 2017, alguns fatos fizeram com que eu voltasse a estudar!
Apesar de ser um excelente salário inicial R$ 13.000,00 bruto (em torno de R$ 9.500,00 líquidos) percebi que a progressão normal na carreira só permitia um aumento salarial em torno de R$ 2.000,00 líquidos até o último nível carreira (desconsiderando as atualizações monetárias). Dessa maneira, fiquei preocupado, visto que eu tinha me esforçado bastante. Então, eu considerava justo que eu tivesse uma remuneração proporcional ao meu esforço. Além disso, eu tinha aberto mão do cargo de Auditor Fiscal do Maranhão que, apesar de ter um salário inicial próximo do Salário de Goiânia, tinha uma excelente progressão ao longo da carreira.
Observação: Eu tinha falado para minha namorada que só voltaria a estudar se fosse para algum cargo no Ceará, visto que é minha terra natal. Assim, eu estava com um pequeno probleminha a ser resolvido. Hahaha
Então, com esses dois fatores, voltei a estudar. Não voltei ao ritmo louco que eu fazia antes. Como minha carga horária era de 6h, eu consegui impor um ritmo sadio. Comecei estudando as principais matérias as Àrea controle (Direito Financeiro; Contabilidade Pública; Auditoria Governamental) e, também, voltei a estudar contabilidade com um material voltado ao estilo Cespe. Claro que eu não sabia qual seria a banca, mas o Cespe tinha sido a banca do último certame e ela praticamente comanda a área controle.
Pessoal, dessa vez, eu estava estudando “escondido” da minha namorada, visto que tinha falado para ela que não estudaria mais a não ser para algum concurso no Ceará. Pois bem, isso durou do fim de março até o início de junho.
Por volta do dia 15 de junho (não lembro a data exata) foi publicado a dispensa de licitação para contratação do CESPE. Ou seja, o negócio esquentou e eu teria que estudar com toda a minha energia possível e eu não conseguiria esconder isso.
Então, contei que iria estudar para o TCE-PE. Resumindo, o namoro quase acaba nesse dia. No entanto, ela me apoiou (sorte dela, pois hoje estamos casados… rsrs) e eu iniciei meu ritmo pesado de estudos.
No final de junho, o edital foi publicado com provas a serem realizadas no final de setembro. Foram 3 meses de muito gás e energia, queria muito esse concurso por diversos fatores: Um dos meus melhores amigos mora em Recife; o órgão é excepcional e o salário espetacular. Dei todo o meu gás para esse concurso!
Detalhe, dava para concorrer em dois cargos (Auditor/analista de controle externo) que pagam super bem! Motivação não faltava😀💪!
A primeira prova foi para auditor. No dia fiquei nervoso, não segui uma boa estratégia de prova, me atrapalhei no momento de fazer a prova discursiva. Enfim, não fiz bem a prova. Saiu o gabarito vi que fui mal e fiquei bastante abalado. No domingo seguinte, tinha a prova para analista. Mudei minha estratégia de prova e conseguir ir bem melhor. Mas não passei!
Resultado: fiquei em 21º para analista e para auditor nem fui classificado. Fiquei feliz porque havia muitos cargos vagos no TCE PE. Logo, haveria uma boa possibilidade de ser chamado ao longo da validade do concurso. Confesso que até pensei em parar de estudar e aguardar essa nomeação. Não queria mais estudar!
No entanto, percebi que não deveria confiar em uma possibilidade. Eu deveria fazer a minha parte. Eu não poderia depender da vontade do Órgão querer nomear ou não. Eu tinha que depender apenas de mim, do meu próprio esforço.
Logo após os resultados do TCE-PERNAMBUCO saiu o edital para o TCE-PARAÍBA, com provas marcadas para o segundo final de semana de janeiro de 2018. A banca era novamente o CESPE e o conteúdo programático bem próximo ao que estudei para o TCE-PE. Decidi estudar para o TCE PB. E lá fui eu para mais uma prova, mais um concurso.
Dessa vez, fiz uma excelente prova objetiva e tinha feito um bom texto da discursiva. Quando saiu o gabarito da prova objetiva, coloquei o meu desempenho no site “olhonavaga” e eu estava com a maior nota objetiva empatado com outros dois colegas. Já estava até imaginando morar em João Pessoa… olhei apartamentos e tudo hahaha.
Depois, em grupos de whatsapp, vi a galera comentando sobre a prova discursiva e vi que eles estavam comentando muito sobre gastos públicos com saúde. A prova discursiva era sobre gastos públicos; até aí tudo bem. Mas não entendia por que eles se referiam tanto aos gastos na área de saúde🤔?!
Na preparação para discursiva todos os materiais falavam que tinha que ser objetivo na resposta atendendo ao que era perguntado e não levando em conta o texto motivador. Então na prova eu só olhei as perguntas que se referiam aos gastos públicos e parti para fazer minha discursiva. Não dei muita importância ao texto motivador da questão discursiva.
Com isso, perguntei a um amigo se tinha algo sobre saúde que eu não tinha percebido na prova.
Ele me mandou um print com o texto motivador da prova no qual o título era: “Gastos públicos na saúde!” Detalhe; eu não tinha falado nada sobre os gastos relativos à área de saúde.
Resultado: fui eliminado na discursiva, mesmo tendo feito uma excelente nota na prova objetiva.
Depois de ter visto que não tinha chance de morar em João Pessoa, voltei a estudar e fui fazer o concurso de Auditor do Estado do Rio Grande do Sul (CAGE)….eram só 5 vagas e eu fiz mais de boa sem me estressar, visto que eram poucas vagas…. no final, fiquei em 18º lugar. Até aí tudo bem eram só 5 vagas mesmo. No entanto, nomearam 15 vagas. Não dá pra negar que fiquei me questionando sobre todos esses acontecimentos recentes. Afinal, eu estava chegando muito perto mas não estava conseguindo entrar nas vagas imediatas.
Após o concurso da CAGE, em março de 2018, voltei minhas atenções para o concurso da SEFAZ-GOIÁS. Detalhe, eu já morava em Goiânia. Logo, seria uma excelente oportunidade para me aposentar da vida concurseira. Então, vamos lá!
Fiz uma preparação muito forte para esse certame. Posso dizer que consegui mitigar vários erros que cometia em preparações anteriores. Além disso, cabe comentar um detalhe que aconteceu durante esse período e que fui chamado de louco por alguns amigos.
O edital da SEFAZ-GOIÁS foi publicado no final de junho de 2018 e previa 120 questões para serem realizadas em 5 horas. Eu nunca tinha visto uma situação dessas na minha jornada. O máximo que tinha visto foi na prova de Niterói: 120 questões em 6 horas. Assim, eu sabia que para passar na SEFAZ-GOIÁS não bastava ter apenas conhecimento. Seria preciso saber fazer questões com bastante agilidade.
Pois bem, um pouco antes da publicação do edital da SEFAZ-GOIÁS, tinha sido publicado o Edital do ISS-São Luiz no qual previa 100 questões objetivas para serem resolvidas em 4h e 30 min. Dessa forma, considerando o meu edital de Goiás, eu resolvi me inscrever para o concurso de São Luís, visto que seria uma excelente oportunidade de treinar minha agilidade em resolução de questões. Eu tinha dois amigos, que estudavam comigo focados para a SEFAZ-GOIÁS, que me chamaram de louco por gastar dinheiro para viajar somente para fazer uma prova.
Pode ser que eles tivessem um pouco de razão. Realmente, gastar dinheiro para treinar fazer provas é meio louco. Como um deles me disse, basta imprimir depois e fazer em casa. Mas….treino é treino; e jogo é jogo! Já dizia um certo baixinho tetracampeão mundial!
Pois bem, fiz essa prova! Senti a dificuldade de fazer 100 questões em apenas 4h e 30 min e percebi que na SEFAZ-GOIÁS seria mais complicado ainda. Beleza, missão cumprida!
Apesar da loucura, teve algo que foi excepcional. Minha prova da SEFAZ-GOIÁS foi realizada no dia 30 de setembro de 2018 (domingo). No dia 26 de setembro, quarta-feira, saiu o resultado do ISS-São Luís e eu tinha sido aprovado em 7º lugar dentro das vagas imediatas. Isso, me deu uma forte motivação, orgulho e alegria. Fiquei confiante na semana da minha sonhada prova. Logo, a prova de São Luís serviu como excelente fonte de treino, mas também como uma ótima fonte de motivação para minha prova no dia 30 de setembro de 2018.
Chegado o grande dia, segui fielmente a metodologia de resolução da prova que tinha traçado ao longo da semana. Eu fiz uma ótima prova, pelo menos era a minha sensação! Quando saiu o gabarito, fiz a conferência e verifiquei que tinha feito 90,5% da prova. Acertei 110 das 120 questões, considerando os pesos das matérias, fiz 163 de 180 pontos possíveis. Fiquei um tempo incrédulo, pois achei uma ótima nota e acreditava ser suficiente para passar.
Fiquei ansioso aguardando o resultado e no dia 29 de outubro de 2018 saiu o resultado com minha aprovação em 1º lugar!
Após tudo isso, comecei a entender o porquê que certas coisas tinham acontecido comigo antes. Entendi o motivo pelo qual não fui aprovado em situações que achava que merecia ter sido. Na realidade, havia algo mais a frente reservado para mim.
Não seria eu quem escolheria o concurso em que passaria…
O meu lugar já estava escolhido. Eu só teria que ter paciência e entender tudo que aconteceu. E agradeço muito a Deus por tudo como aconteceu!
Realmente, não é fácil entender como algumas coisas acontecem. Mas acredite o que é seu está guardado e ninguém toma!
Força, fé, foco e ☕️ !!!!!
Nas redes sociais, sou o @profrabelo!
Qualquer dúvida estou sempre a disposição!
Forte abraço e bons estudos!
Ermilson Rabelo
Ermilson Rabelo, Professor de Legislação Tributária Estadual, foi aprovado em 1º Lugar no Concurso para Auditor Fiscal do Estado de Goiás(SEFAZ-GO), no ano de 2018. Além desse, foi aprovado em 23º lugar Auditor Fiscal do Estado do Maranhão(SEFAZ-MA), no ano de 2016, em 7º lugar para Auditor Fiscal do Município de São Luís (ISS-SLZ), no ano de 2018, e em 7º lugar para Auditor Fiscal do Município de Goiânia (ISS-GYN), no ano de 2016. Tendo, portanto, uma vasta experiência nos concursos da área fiscal. O professor Ermilson Rabelo é formado pela Academia da Força Aérea, no Curso de Formação de Oficiais da Força Aérea Brasileira.
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