José Maria • 22/09/2019
22/09/2019Olá, meus caros alunos!
Eis o meu gabarito extraoficial.
Estejamos atentos para quaisquer divergências com o gabarito oficial, a ser publicado pela organizadora nos próximos dias. Não se preocupem, pois sugerirei, se for o caso, recursos.
Desde já, parabéns pelo esforço! Foi uma verdadeira batalha! E vocês cresceram muito nela. Torço para que saiamos vencedores!
Professor José Maria – Instagram: @professorjosemaria
01) A noção de leitura abordada ao longo do texto 1A1-I aproxima-se, sobretudo, daquela de:
Gabarito: (C) interpretação de objetos e processos
O candidato pode ficar na dúvida entre marcar letra C (interpretação de objetos e processos) ou letra E (atuação na realidade social.).
Note, no entanto, que a leitura está associada à interpretação, seja de um jogo de futebol a um desfile de desloca de samba, seja de um fenômeno geofísico a um objeto da astronomia.
A intervenção sobre a realidade social é uma das possíveis consequências dessa leitura, como bem atesta o último parágrafo.
Resposta: Letra C
02) Ao afirmar que o astrônomo e o geógrafo leem, respectivamente, estrelas e terrenos, o autor sugere que esses profissionais
Gabarito: (D) encaram tais superfícies como sinais gráficos a serem decodificados ou traduzidos.
O autor do texto classifica cada área do conhecimento como um texto, que é primeiramente decodificado por leitores especializados e, depois, por leigos.
Num primeiro momento, essa leitura consiste em uma interpretação da realidade. Somente a partir dessa interpretação, é que possíveis conclusões ou intervenções são desenvolvidas.
Portanto, o primeiro propósito da leitura é decodificar a realidade, como atesta a letra D.
Resposta: Letra D
03) No período “Ele, como o técnico, vê coisas no texto em jogo que, só depois de lidas por ele, por nós são percebidas”, o segmento “como o técnico” expressa:
Gabarito: (A) comparação
É possível reescrever o trecho “Ele, como o técnico, vê coisas no texto…” das seguintes formas: “Ele, assim com o técnico, vê coisas no texto…”; “Ele, tal qual o técnico, vê coisas no texto…”. Isso torna evidente o valor comparativo no trecho destacado.
Resposta: Letra A
04) No texto 1A1-I, ao supor que os aparelhos de ordenha de vacas estão aptos a ler o pensamento das pessoas presentes durante o processo, o autor sugere que esses aparelhos:
Gabarito: (D) são extremamente sofisticados
O autor, ao dizer que os equipamentos são capazes de ler até o pensamento dos presentes, empregou uma linguagem figurada.
Sua afirmação apenas reforça que os equipamentos que captam informações do ambiente são muito sofisticados, como atesta a redação da letra D.
Vale ressaltar que, na letra C (são os mais inovadores do mundo), há uma extrapolação, pois não há uma base de comparação que permita afirmar se tratar dos equipamentos mais inovadores do mundo.
Resposta: Letra D
05) Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita do seguinte trecho do texto: “A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está acabando. Lemos a notícia e postergamos a tragédia para nossos netos”. Assinale a opção em que a proposta apresentada preserva os sentidos do texto:
Gabarito: (D) A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está acabando, mas lemos a notícia e postergamos a tragédia para nossos netos.
Há claramente entre os dois períodos uma relação de contraste. Mesmo com o aviso claríssimo, insistimos em postergar a solução do problema.
A única opção que conectou os períodos estabelecendo essa relação foi a da letra D, com a utilização da conjunção adversativa “mas”.
Resposta: Letra D
06) Infere-se do texto 1A1-II que o autor escreve, de modo metafórico, sobre a ideia de fim de mundos a partir de:
Gabarito: (A) uma previsão astrológica.
Somente no penúltimo parágrafo é que fica claro o episódio que deu origem à reflexão do texto.
No trecho “É possível que a previsão dos astrólogos indianos não tivesse base…”, faz-se menção a uma previsão astrológica que havia anunciado o fim do mundo.
Resposta: Letra A
07) No texto 1A1-II, o vocábulo “isso” refere-se:
Gabarito: (E) ao fim do mundo.
Ao afirmar “… não seria a primeira vez que isso acontece”, o autor está fazendo menção ao fim do mundo. Não de forma denotativa, mas sim conotativa.
Deve-se entender “fim do mundo”, no contexto, como uma radical transformação, que nem sempre as pessoas percebem no momento em que ocorre.
Esse raciocínio é reforçado até mesmo pelo trecho seguinte: “Muitas vezes, o mundo acaba em silêncio…”.
A letra C (ao anúncio do fim do mundo) poderia gerar dúvidas. No entanto, a referência não se restringe ao anúncio, mas sim ao próprio fim, tomado pelo autor de forma figurada, como explicado anteriormente.
Resposta: Letra E
08) No primeiro parágrafo do texto 1A1-II, o trecho “Muitas vezes o mundo acaba em silêncio, ou fazendo um barulho leve de folha” constitui:
Gabarito: (B) um argumento que reforça a informação expressa no período imediatamente anterior.
O período anterior é “A falta de sinais estrondosos e visíveis não é prova bastante da continuação”.
É possível uni-lo ao período seguinte assim:
“A falta de sinais estrondosos e visíveis não é prova bastante da continuação, pois, muitas vezes, o mundo acaba em silêncio, ou fazendo um barulho leve de folha”.
Dessa forma, há uma relação de justificativa entre os períodos. O trecho em destaque, portanto, reforça a informação trazida no período anterior, validando-a. Trata-se, assim, de um argumento.
Resposta: Letra B
09) O texto 1A1-II é uma crônica, gênero que se caracteriza como texto de cunho pessoal, em que se imprimem opiniões e visões de mundo do autor. Considerando-se essa informação, é correto afirmar que, no segundo parágrafo do texto, o autor posiciona-se ao afirmar que:
Gabarito: (B) alguns hábitos e conceitos anteriores à guerra pareciam eternos.
A única opção que traz um juízo de valor é a da letra B.
Nas demais, há menção a fatos, e não a opiniões ou visões do autor acerca dos episódios.
Resposta: Letra B
10) Sem prejuízo à correção gramatical e aos sentidos do texto 1A1-II, o vocábulo “antes” poderia ser substituído por
Gabarito: (A) melhor
A expressão “ou antes” tem caráter retificador, explicativo. Poderia ser trocada por “quer dizer”, “aliás”, “ou melhor”, etc.
Resposta: Letra A
11) É correto afirmar que o texto 1A2-I tem como finalidade
Gabarito: (A) apresentar uma opinião sobre ética.
O autor do texto, por meio da conceituação do que vem a ser ética e moral, defende uma postura relacionada à ética baseada na convivência, que permitem distinguir aquilo que é bom daquilo que não é bom.
Seu foco não restringe a fatos do cotidiano, como afirma a letra D (contar fatos cotidianos referentes ao tema da ética). Abrange sim o conceito de uma forma geral. Também não foca as consequências do comportamento ético, como afirma a letra E (explicar as consequências do comportamento ético). Busca sim definir critérios para considerar um comportamento ético.
Resposta: Letra A
12) De acordo com o 1A2-I, a ética é fundamentalmente
Gabarito: (D) social
O texto é muito claro ao afirmar que a ética é um conceito que visa a regular a conduta, sob o ponto de vista coletivo. Isso posto, é um conceito eminentemente social.
Resposta: Letra D
13) De acordo com o 1A2-I, a convivência em sociedade é
Gabarito: (B) pautada na ética.
É o que fica explícito no último parágrafo, no seguinte trecho: “Portanto, a ética relaciona-se com a nossa convivência”.
Resposta: Letra B
14) Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto 1A2-1, o termo “Como”, no trecho “Como vivemos todos juntos”, poderia ser substituído por:
Gabarito: (A) Porque
Note que o trecho “Como vivemos todos juntos, precisamos ter princípios e valores de convivência…” pode ser reescrito assim: “Precisamos ter princípios e valores de convivência, porque vivemos todos juntos…”.
Há, portanto, um valor de causa associado ao conector “Como”.
Resposta: Letra A
15) No texto 1A2-1, a forma “isso”, em “disso” remete a:
Gabarito: (E) ética universal
Questão bem tranquila! No período anterior, o texto cita que não existe uma ética universal. Na sequência, afirma que o mais próximo disso (da ética universal) foi a Declaração de Direitos Humanos.
Resposta: Letra E
16) Cada uma das propostas a seguir apresenta uma proposta de reescrita que altera a pontuação do seguinte trecho do texto: “Não existe ética individual, existe ética de um grupo, de uma sociedade, de uma nação”. Assinale a opção em que a proposta apresentada mantém a correção e os sentidos originais do texto:
Gabarito: (E) Não existe ética individual. Existe ética de um grupo, de uma sociedade, de uma nação.
Questão também bem tranquila. A letra E simplesmente desmembrou a frase em dois períodos corretamente redigidos e com sentido original preservado.
Resposta: Letra E
17) Mantendo-se os sentidos e a correção gramatical do texto, o vocábulo “onde”, no trecho “o lugar onde vivemos juntos”, poderia ser substituído por:
Gabarito: (A)
É possível trocar o relativo “onde” pela construção “em que”. Nesta, o “que” retoma o termo antecedente “lugar” e a preposição “em” é requerida pela forma verbal “vivemos” (vivem em algum lugar).
Resposta: Letra A
18) Infere-se do quarto parágrafo que a ética é:
Gabarito: (B) variável
O primeiro período do parágrafo afirma: “As questões éticas podem mudar ao longo da história”. Ora, se elas podem mudar, significa que são variáveis.
Resposta: Letra B
19) Segundo o texto, alcança uma vida equilibrada o ser humano que:
Gabarito: (D) faz o que quer somente se puder e dever fazê-lo.
O texto, em seu quinto parágrafo, afirma: “O equilíbrio da vida vem quando o que você quer é algo que você pode e algo que você deve”.
A redação da letra D é uma paráfrase desse trecho.
Resposta: Letra D
20) No texto, a palavra “advento” foi empregada com o mesmo sentido de:
Gabarito: (B) aparecimento
Questão puramente de conhecimento vocabular.
Mesmo desconhecendo o significado do vocábulo, é possível associá-lo, pelo contexto de leitura, a início, surgimento, aparecimento.
Resposta: Letra B
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José Maria
Professor de Língua Portuguesa para concursos há 10 anos. Atuou como Consultor de Língua Portuguesa na CNI (Confederação Nacional da Indústria) no Projeto Educação Livre. É autor de livros e materiais didáticos para ENEM e Concursos Públicos. Formado em Engenharia Eletrônica pelo ITA.
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