Larissa Lustoza • 13/05/2019
O tempo médio de espera para concessão de benefícios no INSS aumentou e, junto com ele, os gastos do governo. Segundo dados do próprio órgão, hoje, a média de espera é de 135 dias. Esse atraso causa um impacto de milhões no cofre. Em abril deste ano, por exemplo, foram gastos R$63 milhões em correções.
Com o triplo do tempo estabelecido em lei para conceder benefícios, hoje, há 1,4 milhão de pedidos atrasados. Já em análise, há 2,2 milhões pedidos de diversos benefícios – como aposentadoria, auxílios-doença, aposentadorias rural, entre outros.
A situação mostra que apesar dos esforços em digitalizar os serviços e melhor o atendimento ao público, não houve investimentos na área que deve analisar esses pedidos. Ou seja, faltam servidores.
Segundo o que presidente do INSS, Renato Vieira, disse à BBC News, a digitalização da maior parte do serviço teve efeito, como as diminuições das filas.
“Mas passados dez anos, esses avanços se perderam pelo aumento da demanda e perda de capacidade operacional. Esse represamento do atendimento voltou a acontecer, mas nas filas eletrônicas”, disse o presidente do INSS.
Os atrasos tornaram-se críticos ao ponto da DPU apresentar uma ação civil contra o INSS, em 2018. Hoje, o órgão recebe muitas demandas para atuar em razão da demora.
E os prejudicados não são somente o público. Os cofres públicos sentem o impacto dos atrasos e falta de servidores. Cada vez que a concessão de benefício é atrasada, é preciso corrigir o valor oferecido.
Em 2018, foram gastos R$195 milhões só com correções. Neste ano, até abril, a despesa supera R$63 milhões.
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Larissa Lustoza
Graduada em Jornalismo, já foi estagiária na área de Assessoria de Comunicação na Secretaria de Cultura do Distrito Federal, repórter por um ano no projeto de extensão da faculdade e estagiária no jornal online Metrópoles. Além disso, possui habilitação em design gráfico e em Lei de Acesso à Informação.
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