
Um concurso nacional unificado começou a ser discutido pelo governo federal a fim de viabilizar as mais de 8 mil vagas autorizadas em 2023 para provimento de servidores no Poder Executivo e o tema tem gerado muitas dúvidas entre os concurseiros interessados nesta enorme oportunidade.
Afinal, a realização de um certame unificado seria bom ou ruim para o concurseiro?
Antes de mencionar as possíveis vantagens e desvantagens de um concurso nacional unificado, é importante relembrar qual foi a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Público.
De acordo com o MGI, haveria uma prova única, aplicada no mesmo dia em 180 cidades, abrangendo todas as regiões do país. A avaliação seria segmentada em dois blocos de questões, sendo:
- Provas objetivas, comum a todos os candidatos; e
- Provas específicas e dissertativas por blocos temáticos.
Em relação ao cronograma, a Gestão também já prevê algumas datas. Confira:
- Até 20 de setembro: criação de um comitê organizador;
- Até 29 de setembro: adesão dos Ministérios ao Concurso Nacional Unificado;
- Até 20 de dezembro: publicação do edital de abertura;
- 25 de fevereiro de 2024: realização das provas.
Vale destacar que a adesão dos órgãos ao concurso nacional unificado é voluntária. As vagas, agrupadas por blocos temáticos, foram distribuídas da seguinte forma:

Dito isto, vamos às possíveis vantagens e desvantagens de um Concurso Nacional Unificado!
Vantagens do Concurso Nacional Unificado
Em relação às vantagens de uma seleção unificada, o professor Arthur Lima, fundador do Direção Concursos e ex-auditor fiscal da Receita Federal, destaca alguns aspectos:
Maior acesso aos locais de prova
De acordo com a proposta, a prova seria aplicada em 180 cidades espalhadas por todas as regiões do país. Assim, o candidato poderia fazer as provas em locais mais próximos a sua residência.
Não haveria, portanto, despesas com deslocamento para outras cidades/estados, alimentação, hospedagem, transporte intermunicipal, entre outros. Custos como estes, por vezes, acabam levando candidatos a desistirem de participar da seleção.
Candidato poderia concorrer a mais de um cargo
O certame unificado iria distribuir as vagas em áreas de atuação/conhecimento. Assim, haveria a possibilidade do candidato concorrer a uma área com vários cargos, e não somente a um cargo específico.
Assim, a aprovação em cada cargo seria possível de acordo com a nota obtida pelo candidato. O modelo de avaliação proposto lembra o atual ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
Redução de Custos para a Administração Pública
A terceira vantagem mencionada por Arthur Lima é em relação aos custos, tanto para a Administração Pública, quanto para o candidato.
Para a Administração Pública, a contratação de uma única banca e a elaboração de um único edital seria um aspecto positivo em comparação a editais distintos para cerca de 50 órgãos com vagas autorizadas.
Estima-se que cerca de 3 milhões de candidatos participem do certame. O custo calculado será de, aproximadamente R$ 60 milhões para cada 1 milhão de candidatos inscritos.
Redução de Custos para o candidato
Para o candidato, também haveria vantagens no custo de participação, visto que ele uma única taxa inscrição e poderia concorrer a várias vagas dentro da mesma área.
Vale mencionar que o custo da taxa de inscrição foi mensurado em R$ 100,00.
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Desvantagens do Concurso Nacional Unificado
Em contrapartida, o modelo de concurso nacional unificado também geraria inúmeras desvantagens, conforme destaca o professor Arthur Lima.
Confira as principais desvantagens:
Candidato ficaria restrito a uma só área
Se, por um lado, haveria vantagem em concorrer a vários cargos de uma mesma área, por outro lado, o concurseiro que possui o hábito de transitar entre diversas áreas de concursos não teria mais esta opção, representando uma desvantagem do modelo unificado.
O candidato terá que escolher se irá concorrer às vagas destinadas ao Banco Central, deixando de lado as vagas para cargos administrativos de outros órgãos, por exemplo.
Prova única = chance única
Quem possui experiência na realização de provas de concurso público sabe que diversos fatores podem interferir e, até mesmo, impedir que o candidato chegue ao seu local de prova.
Assim, caso ocorra alguma intercorrência no dia da prova, como congestionamento de trânsito, problemas de saúde, alagamentos, entre outros, o candidato perderia a chance de concorrer às vagas que, talvez, só sejam novamente abertas após alguns anos.
Dificuldade na elaboração de provas específicas
A terceira desvantagem mencionada pelo especialista seria a dificuldade na elaboração de provas específicas.
“Como vários cargos estarão dentro de uma mesma área, as matérias a serem cobradas não vão poder ser muito específicas. Então a prova vai ter que ser um pouco mais genérica. Somente num terceiro momento, no curso de formação, é que o candidato entraria em contato com os aspectos mais específicos da sua área”, explica Arthur Lima.
Nesse sentido, um fator que tem gerado insegurança e questionamentos entre os concurseiros é imaginar que um candidato que tenha concorrido às vagas destinadas às Agências Reguladoras e, porventura, seja aprovado para o cargo de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações da ANATEL, não tenha conhecimentos de forma aprofundada sobre os aspectos e legislações pertinentes ao seu cargo.
Dificuldade de conciliar provas simultâneas em todo o país
Por fim, outra desvantagem seria a dificuldade de elaboração de uma dinâmica de realização de provas que garanta a aplicação isonômica da avaliação, ao mesmo tempo, em todo o país.
Isso porque, caso apenas um local de prova em uma determinada cidade tenha problemas na aplicação da prova (por exemplo: falta de energia, falta de fiscais de prova, atraso na entrega dos cadernos de prova, entre outros), a avaliação teria que ser reaplicada a todos os candidatos do país.
Sobre isso, vale lembrar o concurso unificado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que estava previsto para ser publicado neste mês de agosto, ofertando vagas no próprio TSE e em diversos Tribunais Regionais Eleitorais em todo país. Entretanto, o certame enfrenta, atualmente, um impasse devido à dificuldade de coordenação do certame entre os diversos órgãos envolvidos.
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