Juliane Freitas • 29/08/2023
Um concurso nacional unificado começou a ser discutido pelo governo federal a fim de viabilizar as mais de 8 mil vagas autorizadas em 2023 para provimento de servidores no Poder Executivo e o tema tem gerado muitas dúvidas entre os concurseiros interessados nesta enorme oportunidade.
Afinal, a realização de um certame unificado seria bom ou ruim para o concurseiro?
Antes de mencionar as possíveis vantagens e desvantagens de um concurso nacional unificado, é importante relembrar qual foi a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Público.
De acordo com o MGI, haveria uma prova única, aplicada no mesmo dia em 180 cidades, abrangendo todas as regiões do país. A avaliação seria segmentada em dois blocos de questões, sendo:
Em relação ao cronograma, a Gestão também já prevê algumas datas. Confira:
Vale destacar que a adesão dos órgãos ao concurso nacional unificado é voluntária. As vagas, agrupadas por blocos temáticos, foram distribuídas da seguinte forma:
Dito isto, vamos às possíveis vantagens e desvantagens de um Concurso Nacional Unificado!
Em relação às vantagens de uma seleção unificada, o professor Arthur Lima, fundador do Direção Concursos e ex-auditor fiscal da Receita Federal, destaca alguns aspectos:
De acordo com a proposta, a prova seria aplicada em 180 cidades espalhadas por todas as regiões do país. Assim, o candidato poderia fazer as provas em locais mais próximos a sua residência.
Não haveria, portanto, despesas com deslocamento para outras cidades/estados, alimentação, hospedagem, transporte intermunicipal, entre outros. Custos como estes, por vezes, acabam levando candidatos a desistirem de participar da seleção.
O certame unificado iria distribuir as vagas em áreas de atuação/conhecimento. Assim, haveria a possibilidade do candidato concorrer a uma área com vários cargos, e não somente a um cargo específico.
Assim, a aprovação em cada cargo seria possível de acordo com a nota obtida pelo candidato. O modelo de avaliação proposto lembra o atual ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
A terceira vantagem mencionada por Arthur Lima é em relação aos custos, tanto para a Administração Pública, quanto para o candidato.
Para a Administração Pública, a contratação de uma única banca e a elaboração de um único edital seria um aspecto positivo em comparação a editais distintos para cerca de 50 órgãos com vagas autorizadas.
Estima-se que cerca de 3 milhões de candidatos participem do certame. O custo calculado será de, aproximadamente R$ 60 milhões para cada 1 milhão de candidatos inscritos.
Para o candidato, também haveria vantagens no custo de participação, visto que ele uma única taxa inscrição e poderia concorrer a várias vagas dentro da mesma área.
Vale mencionar que o custo da taxa de inscrição foi mensurado em R$ 100,00.
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Em contrapartida, o modelo de concurso nacional unificado também geraria inúmeras desvantagens, conforme destaca o professor Arthur Lima.
Confira as principais desvantagens:
Se, por um lado, haveria vantagem em concorrer a vários cargos de uma mesma área, por outro lado, o concurseiro que possui o hábito de transitar entre diversas áreas de concursos não teria mais esta opção, representando uma desvantagem do modelo unificado.
O candidato terá que escolher se irá concorrer às vagas destinadas ao Banco Central, deixando de lado as vagas para cargos administrativos de outros órgãos, por exemplo.
Quem possui experiência na realização de provas de concurso público sabe que diversos fatores podem interferir e, até mesmo, impedir que o candidato chegue ao seu local de prova.
Assim, caso ocorra alguma intercorrência no dia da prova, como congestionamento de trânsito, problemas de saúde, alagamentos, entre outros, o candidato perderia a chance de concorrer às vagas que, talvez, só sejam novamente abertas após alguns anos.
A terceira desvantagem mencionada pelo especialista seria a dificuldade na elaboração de provas específicas.
“Como vários cargos estarão dentro de uma mesma área, as matérias a serem cobradas não vão poder ser muito específicas. Então a prova vai ter que ser um pouco mais genérica. Somente num terceiro momento, no curso de formação, é que o candidato entraria em contato com os aspectos mais específicos da sua área”, explica Arthur Lima.
Nesse sentido, um fator que tem gerado insegurança e questionamentos entre os concurseiros é imaginar que um candidato que tenha concorrido às vagas destinadas às Agências Reguladoras e, porventura, seja aprovado para o cargo de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações da ANATEL, não tenha conhecimentos de forma aprofundada sobre os aspectos e legislações pertinentes ao seu cargo.
Por fim, outra desvantagem seria a dificuldade de elaboração de uma dinâmica de realização de provas que garanta a aplicação isonômica da avaliação, ao mesmo tempo, em todo o país.
Isso porque, caso apenas um local de prova em uma determinada cidade tenha problemas na aplicação da prova (por exemplo: falta de energia, falta de fiscais de prova, atraso na entrega dos cadernos de prova, entre outros), a avaliação teria que ser reaplicada a todos os candidatos do país.
Sobre isso, vale lembrar o concurso unificado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que estava previsto para ser publicado neste mês de agosto, ofertando vagas no próprio TSE e em diversos Tribunais Regionais Eleitorais em todo país. Entretanto, o certame enfrenta, atualmente, um impasse devido à dificuldade de coordenação do certame entre os diversos órgãos envolvidos.
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Juliane Freitas
Formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Goiás e especialista em Marketing pelo IPOG.
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