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Juliane Freitas • 16/01/2023
As provas para o cargo de Escrivão do Concurso PC GO (Policia Civil de Goiás) foram aplicadas no último domingo, 15 de janeiro e uma questão elaborada pela banca Instituto AOCP acabou gerando polêmica.
Trata-se de um enunciado que usa o termo “milicianos”, fazendo referência aos policiais militares, conforme mostrado na imagem a seguir:
O Instituto AOCP encaminhou nota ao Direção Concursos comentando sobre o ocorrido. No comunicado, a banca lamentou a situação e informou que utilizou o termo conforme foi adotado em acórdãos expedidos recentemente pelo Poder Judiciário de Goiás.
A banca ressaltou que o objetivo da questão foi apenas avaliar o conhecimento do candidato.
Veja o comunicado, na íntegra, do Instituto AOCP sobre a polêmica:
Em relação à questão da prova objetiva do concurso público de Escrivão da 3ª Classe da Polícia Civil de Goiás, apresentamos esclarecimento a respeito do termo “milicianos”, utilizado na questão do Caderno de Noções de Legislação Penal e Processual Penal do exame.
Embora a palavra ‘milícia’ seja utilizada nos dicionários de língua portuguesa para denominar o conjunto de forças militares, tropa ou organização militar – o significado adotado pela banca foi usado, inclusive, em acórdãos expedidos recentemente pelo Poder Judiciário de Goiás –, o Instituto AOCP lamenta que o elaborador tenha utilizado o termo inapropriado, o que ensejou essa polêmica.
Apesar das definições da língua, o Instituto AOCP pede desculpas à Polícia Militar do Estado de Goiás e demais organizações policiais, militares e de segurança pública. Atuamos em diversos concursos da área de segurança pública em todo o território nacional, incluindo a Polícia Militar de outros estados, e temos respeito e admiração pelo trabalho exercido por esses profissionais.
Complementando, o objetivo da questão, assim como das demais perguntas, é avaliar o conhecimento, respaldado no conteúdo programático do Edital de Abertura.
Reforçamos que o Instituto AOCP é uma organizadora de concursos públicos e processos seletivos, uma associação civil sem fins econômicos, de caráter organizacional, filantrópico, assistencial, sem cunho político ou partidário.
Nossa missão é atuar no desenvolvimento da sociedade, fomentando e executando projetos voltados à assistência social, à educação e às seleções públicas, pautados na isonomia e na legalidade, sem apontar valores de conduta profissional ou política dos cidadãos.
Por fim, informamos que é cabível recurso administrativo por parte dos candidatos quanto à referida questão, caso apresente imperfeições técnicas ou legais em sua elaboração.
Sobre a polêmica, circula em grupos de concurseiros uma nota que teria sido emitida pela Polícia Civil de Goiás, embora não se tenha comprovação de sua autenticidade.
Na nota, a PC GO afirma que não participa da elaboração da prova, sendo o Instituto AOCP o responsável pelas questões do certame. A instituição também lamenta o ocorrido e solicita esclarecimentos à empresa, que ainda não se manifestou.
Confira, a seguir, a nota supostamente enviada pela PC GO, na íntegra:
“A Polícia Civil de Goiás declara publicamente que não participa da elaboração das questões e conteúdo das provas aplicadas no concurso público da instituição. Estes são terceirizados e coordenados pela Secretaria de Estado da Administração (SEAD), e executados pelo Instituto AOCP, sobre o qual a responsabilidade recai.
Já foi formalmente encaminhado um pedido de explicação, esclarecimento e nota pública à empresa responsável pela realização do certame, pedidos estes ainda não respondidos – esta nota é redigida às 18h de 15/01/2023.
Lamentamos profundamente o ocorrido e expressamos o nosso mais profundo respeito à instituição e a todos os Policiais Militares do Brasil, que, diuturnamente, encaram conosco nossas batalhas.”
A Polícia Militar, por sua vez, também se manifestou através do comandante geral da corporação, Coronel André Henrique, que repudiou o ocorrido, solicitando a anulação da questão.
“Quero manifestar nosso inconteste repúdio, diante de um disparate tão inescrupuloso como o colocado na questão do concurso de Escrivão da PCGO, na data de hoje, no Estado de Goiás. Claro deve ficar, que a prova foi elaborada por empresa vencedora de processo licitatório. Nefasto e funesto foi o texto apresentado; talvez, inclusive, com intenções muito além de levianas, de atingir uma Corporação que é patrimônio do povo goiano”, diz trecho da nota.
Veja a declaração, na íntegra:
Embora o termo “miliciano” tenha, atualmente, um sentido depreciativo, sendo usado popularmente para se referir a “grupos armados irregulares, formados muitas vezes por integrantes e ex-integrantes de forças de segurança, como policiais, bombeiros e agentes penitenciários”, no dicionário da língua portuguesa é possível verificar o termo tem origem na palavra “milícia”, que significa, formalmente:
O termo “miliciano”, por sua vez, significa:
Veja, em vídeo, o que disse o professor Arthur Lima, acerca da repercussão do tema:
A prova para escrivão teve mais de 43% de abstenção, tendo 21.348 candidatos comparecido aos locais de prova no último domingo. Veja aqui mais detalhe sobre a abstenção!
Acompanhe também a correção extraoficial para prova PC GO para escrivão, realizada pelo time de professores do Direção Concursos!
O certame disponibiliza 864 vagas, distribuídas entre os cargos abaixo:
Os aprovados no concurso PC GO receberão os seguintes salários iniciais:
Vale lembrar que as provas objetivas do concurso PC GO foram aplicadas em dias distintos, a depender do cargo. Veja:
Juliane Freitas
Formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Goiás e especialista em Marketing pelo IPOG.
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