Karina Glória • 17/11/2022
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) emitiu uma nota onde se fala sobre a operação da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (17/11).
No pronunciamento publicado, a empresa relata que as denúncias foram feitas baseadas “supostos fatos de até 15 anos atrás”.
Ainda de acordo como comunicado, as irregularidades foram apontadas em depoimentos do ex-governador Sérgio Cabral “não obstante a sua delação ter sido anulada pelo Supremo Tribunal Federal.”.
A instituição ainda se declara como “alvo de perseguição e vítimas de imputações” de supostas irregularidades e também pontuou que uma Ação Civil Pública foi ajuizada e versa sobre os pontos da ação realizada pela PF.
Confira a íntegra abaixo:
NOTA DE REPÚDIO
A FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS foi surpreendida na manhã dessa 5ª feira, 17/11/2022, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em suas dependências do Rio de Janeiro e de São Paulo, por força de decisão do Juiz Substituto da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Vitor Barbosa Valpuesta. Tal decisão acolhe pedido do Ministério Público Federal formulado em face de alegadas irregularidades em contratos firmados pela instituição, com base em depoimentos do ex-governador Sérgio Cabral, não obstante a sua delação ter sido anulada pelo Supremo Tribunal Federal.
Desde 2019 a FGV, assim como seus dirigentes, vêm sendo alvo de perseguição e vítimas de imputações quanto a supostos fatos de até 15 anos atrás, que redundaram no ajuizamento de uma Ação Civil Pública que teve sua inicial indeferida e, rigorosamente, versou sobre todos os temas agora utilizados para deferimento da medida de busca e apreensão.
Como se não bastasse, a FGV firmou Termo de Ajustamento com o Ministério Público do Rio de Janeiro, que foi homologado judicialmente e vem sendo regiamente cumprido, motivo, inclusive, de elogiosas manifestações por parte dos órgãos de fiscalização.
Causa, pois, estranheza e profunda indignação a reiteração, na esfera federal, de temas já sepultados perante a justiça estadual que, agora requentados, maculam gravemente a imagem de uma entidade que, há mais de 70 anos, tanto contribui para o desenvolvimento do Brasil, que, atualmente, é a 3ª mais respeitada instituição do mundo, em sua área de atuação.
A FGV reitera sua confiança nos poderes constituídos, em particular no Poder Judiciário brasileiro, e adotará todas as medidas cabíveis para defesa de sua história, que a tornou motivo de orgulho para o setor produtivo brasileiro, de sua imagem e da honradez com a qual, desde 1944, atua ao lado das principais instituições do País.
A Polícia Federal deflagrou operação, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, contra a FGV, nesta quinta-feira (17/11).
A ação visa investigar suspeitas de esquemas de corrupção, fraudes em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
As investigações apontam que uma organização criminosa, envolvendo membros da família fundadora da instituição, teria atuado dentro da FGV para “superfaturar contratos realizados de dispensa e em fraudes de processos licitatórios”.
De acordo com o G1, existem indícios de que a empresa seria usada para “fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos que resultaram em pagamento de propinas”.
Uma das principais referencias em bancas organizadoras de concurso público, a Fundação Getúlio Vargas é responsável por grandes editais abertos e previstos.
Exemplo disso, é o concurso Senado, que teve as provas objetivas aplicadas recentemente, e o concurso Receita Federal, que tem edital aguardado para breve.
Sobre estes certames, autoridades já informaram que não devem ser afetados, já que o a FGV Conhecimento (núcleo do órgão responsável por concurso público) não tem relação com as investigações. Confira detalhes aqui!
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Karina Glória
Graduada em Jornalismo e pós graduanda em Assessoria de Comunicação e Jornalismo Empresarial pela Universidade Estácio de Sá. Já atuou nas áreas de Assessoria de Comunicação, produção de rádio e redação de portais de notícias.
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