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Concurso Receita Federal: saiba como é trabalhar na fronteira

Concurso Receita Federal: saiba como é trabalhar na fronteira

O concurso Receita Federal está se movimentando e a autorização do novo certame deve sair ainda em março. No pedido por novo edital está prevista a oferta de 699 oportunidades para os cargos de Auditor e Analista.

O edital é um dos mais aguardados pelos concurseiros. Além do número de vagas, os salários são bem atrativos. O aprovado na carreira de Analista terá vencimentos iniciais de mais de R$ 12 mil. Já o recém aprovado no cargo de Auditor terá remuneração de mais de R$ 21 mil.

Muitos possuem dúvidas em relação ao concurso, principalmente quando se trata sobre a carreira de Auditor.

Este profissional é responsável por diversas atividades, podendo ser lotado em diversas cidades, principalmente nos municípios de fronteira do Brasil.

“Mas e aí? Como é trabalhar na fronteira?”, você deve estar se perguntando. Para responder a sua dúvida, conversamos com o auditor Diego Morando, servidor lotado na cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

Aprovado no concurso de 2014, Diego está desde sua nomeação na fronteira. O motivo pela escolha do local se deu pelo fato de o lugar possuir pontuação para o pedido de remoção.

Essa remoção é uma redistribuição interna em que os servidores podem solicitar a mudança de lotação. Para isso é levado em consideração, principalmente, o tempo que o funcionário ficou no local.

“Algumas cidades, não apenas na fronteira, tem um multiplicador de tempo de serviço. Aqui em Uruguaiana é de 1.9. Então, por cada dia trabalhado conta essa pontuação para fim de remoção interna”, relata.

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A intenção de Diego é retornar para Caxias do Sul, sua cidade natal, e a expectativa era de que a mudança não demorasse a acontecer, porém a ausência de um novo concurso Receita Federal atrasou seu objetivo.

Apesar de ainda estar no mesmo local de lotação desde 2014, o auditor ressaltou que trabalhar na fronteira tem seus benefícios. O primeiro deles, é claro, é a pontuação da cidade fronteiriça, permitindo ao servidor acumular uma boa pontuação para se transferir para outras localidades de trabalho.

O segundo ponto positivo é o adicional de fronteira, benefício pago pelo Governo Federal aos servidores da Receita que trabalham nessas localidades.

“É um valor fixo, que independe do cargo, no valor de R$ 91 por dia de trabalho. Ele varia de acordo com o mês e dá, aproximadamente, R$ 2 mil mensais. Ele foi criado pensando na administração, uma forma de o poder de barganha segurar as pessoas na fronteira. Eu, particularmente, não acho que seja fator para segurar a pessoa no seu destino final. Se a pessoa tem o objetivo de ir para alguma cidade, ela não vai deixar de ir. Mas acho que é possível segurar a pessoa em relação a destinos intermediários”.

Apesar do censo comum acreditar que o serviço de áreas de fronteiras são todos iguais, Diego logo ressaltou que há diferenças entre as cidades.

De acordo com o servidor, cidades fronteiriças do centro-oeste e outras do norte são mais isoladas e possuem apenas uma inspetoria, fazendo com que o trabalho seja mais externo. Já outros municípios, como em Uruguaiana, a Receita já possui uma estrutura maior, com uma ampla variedade de serviços.

“Existe uma fronteira terrestre bem próxima e dá para dizer que a cidade possui três unidades: aduana, existe um local com posto em que já fica mais afastado e controla o tráfego de importações e exportações e, além disso, há o prédio da alfândega onde acontecem os processos referentes a área aduaneira”.

A Receita Federal é um órgão que possui diversas possibilidades de área de atuação para o futuro aprovado no concurso. Conforme, inclusive, ressaltado por Diego, é possível trabalhar na repressão, julgamento de processos, controle de importação e exportação, entre outros.

Confirma mais detalhes da entrevista com o auditor da Receita Federal no link abaixo:

Resumo concurso Receita Federal

  • Situação: solicitado – autorização até março
  • Vagas: 699 solicitadas
  • Remuneração inicial: Analista Tributário: R$ 12.142,39 (jan/2019, sem bônus); Auditor Fiscal: R$ 21.029,09 (jan/2019, sem bônus).
  • Banca: não definida
  • Escolaridade: Ensino Superior
  • Cargo: auditor fiscal federal e analista
  • Link do último edital para auditor
  • Link do último edital para analista

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Mateus Melis

Mateus Melis

Jornalista do Direção Concursos. Formado em Jornalismo pelo UniCEUB, possui experiência nas áreas de assessoria de imprensa, redação e análise de inteligência e imagem.

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