Adriele Silva • 02/01/2024
Em dezembro de 2023 o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) aprovou duas resoluções voltadas às cotas raciais e de gênero. As medidas incentivam o acesso das mulheres, negros e indígenas a carreira de magistrado nos Concursos Tribunais.
De acordo com a primeira resolução, 50% das vagas de funções administrativas serão destinadas às mulheres. Aqui, são incluídos cargos para juízes auxiliares, estágio, chefia e participação em mesas de eventos. A expectativa é que a medida passe a valer a partir de março de 2024.
A segunda resolução, por sua vez, prevista para ser colocada em prática a partir de abril, é voltada para as diretrizes do funcionamento das bancas de heteroidentificação, responsáveis pela aplicação das cotas raciais nos concursos tribunais.
Vale lembrar que, além destas resoluções, há ainda outras medidas adotadas pelo CNJ para aumentar a diversidade de servidores e proporcionar o acesso de grupos minoritários aos serviços públicos.
Em setembro, por exemplo, foi adotada a resolução da alternância de gênero, que exige que os tribunais com menos de 40% de juízas de carreira passem a criar listas exclusivas de mulheres para o preenchimento de vagas, considerando aqui o critério de merecimento.
Além disso, houve também a criação de um exame nacional destinado aos juízes. Este, por sua vez, será composto por 50 questões e terá como nota de corte, para os candidatos negros e indígenas, 50% dos acertos. Já para a ampla concorrência, a nota será de 70%.
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Adriele Silva
Formada em jornalismo pela Unesp Bauru (SP) e mestre em jornalismo pela UEPG (PR).
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