Larissa Lustoza • 16/04/2020
O governo federal se mostrou a favor do aumento da abrangência do auxílio emergencial, popularmente conhecido como “coronavoucher”. A iniciativa veio do Senado, que realizou um projeto de lei que modifica diversos pontos das regras atuais para recebimento do valor de R$ 600.
Após a entrada em vigor do projeto de lei que autorizava o pagamento do auxílio emergencial, a casa legislativa enviou outro PL propondo as mudanças. Entre os itens, havia a retirada do quesito que exigia o recebimento de renda máxima de R$ 28.559,70 em 2018.
Porém, para quem ultrapassou a renda máxima em 2018, o projeto de lei determina que o valor do auxílio recebido deverá ser declarado no imposto de renda em 2021.
A justificativa é que pessoas que receberam o valor máximo, mas perderam renda este ano, podem fazer jus ao auxílio. Com isso, categorias como taxistas, motoristas de aplicativos e advogados podem ser atingidas.
Além disso, também foram incluídos os agricultores familiares e pescadores informais. Outros grupos acrescentados foram os de pais que criam sozinhos os filhos e mães trabalhadoras informais menores de 18 anos.
O custo total estimado das mudanças é de R$ 10 bilhões aos cofres públicos. O secretário especial de previdência do Ministério da Economia, Bruno Bianco, se mostrou a favor das mudanças.
Lembrando que, na quarta-feira (15/4), a posição do governo era contrária às mudanças. O cálculo inicial era que o auxílio atingisse 51,4 milhões de pessoas, mas, com as alterações, mais 7,5 milhões serão atendidos.
No entanto, enquanto o aumento da abrangência do projeto é defendido, outros pontos do projeto de lei trazem preocupações ao governo federal. Um deles é o aumento do BPC, auxílio assistencial dado a idosos e pessoas com deficiência em situação de miséria. O texto estabelece o critério de renda familiar per capta de meio salário mínimo e o resultado seria de R$ 15 bilhões anuais.
Já o outro ponto que preocupa o governo é o que cria o auxílio emprego, que prevê repasses para quem ganha até três salários mínimos. O programa se somaria a outro já criado para trabalhadores que tiveram o contrato suspenso ou redução da jornada e do salário. De acordo com Bianco, se a proposta do congresso for aceita, o governo teria que mudar as regras do programa atual.
Até o momento, o auxilio emergencial pode ser adquirido pelas pessoas que cumprem os seguintes requisitos:
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Larissa Lustoza
Graduada em Jornalismo, já foi estagiária na área de Assessoria de Comunicação na Secretaria de Cultura do Distrito Federal, repórter por um ano no projeto de extensão da faculdade e estagiária no jornal online Metrópoles. Além disso, possui habilitação em design gráfico e em Lei de Acesso à Informação.
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