José Maria • 25/09/2019
25/09/2019Prezados Alunos,
Eis minhas propostas de recursos que julgo cabíveis. Tentem não apenas copiar, e sim reproduzir com suas próprias palavras a fundamentação aqui apresentada.
Desejo sucesso a todos!
Professor José Maria
Instagram: @professorjosemaria
Questão 02
Ao afirmar que o astrônomo e o geógrafo leem, respectivamente, estrelas e terrenos, o autor sugere que esses profissionais
a) analisam o aspecto dessas formações de modo a obter previsões a respeito do mundo e dos seres humanos.
b) encaram tais superfícies como sinais gráficos a serem decodificados ou traduzidos.
c) estudam a configuração desses elementos para descobrir dados acerca das origens de tais elementos e das transformações por que tenham passado.
d) procuram vestígios de histórias escritas por povos remotos na superfície desses elementos.
e) deixam-se levar pela imaginação e fantasiam histórias maravilhosas que poderiam ter efetivamente acontecido nesses lugares.
Gabarito Oficial: Letra C
Proposta de Recurso
Reproduzamos abaixo o primeiro parágrafo:
O astrônomo lê o céu, lê a epopeia das estrelas. Ora, direis, ouvir e ler estrelas. Que histórias sublimes, suculentas, na Via Láctea. O físico lê o caos. Que epopeias o geógrafo lê nas camadas acumuladas em um simples terreno. Um desfile de Carnaval, por exemplo, é um texto. Por isso se fala de “samba-enredo”: a disposição das alas, as fantasias, a bateria, a comissão de frente são formas narrativas.
Notamos que o sentido de “ler” está associado a decodificar, interpretar realidades. Isso é corroborado até mesmo pelo gabarito assinalado na questão 01, que associa leitura à interpretação de objetos e processos. Portanto, no contexto, ler uma estrela, um terreno ou, até mesmo, uma partida de futebol tem a ver com buscar nesses objetos um significado, um sentido.
Metaforicamente, é como se esses objetos fossem sinais gráficos, que necessitam ser traduzidos e decodificados para o público leigo.
É esse o entendimento presente na letra B, que diz: “encaram tais superfícies como sinais gráficos a serem decodificados ou traduzidos”.
A resposta dada pela banca, no nosso respeitoso entendimento, extrapola o primeiro parágrafo. Em que passagem do primeiro parágrafo se faz presente explícita ou implicitamente algum trecho que dê a entender que a leitura de uma estrela ou de um terreno tem como objetivo entender suas origens e mapear mudanças pelas quais passaram?
Isso posto, julgamos pertinente a troca do gabarito oficial de letra C para letra B.
Questão 09
O texto 1A1-II é uma crônica, gênero que se caracteriza como texto de cunho pessoal, em que se imprimem opiniões e visões de mundo do autor. Considerando-se essa informação, é correto afirmar que, no segundo parágrafo do texto, o autor posiciona-se ao afirmar que
a) a Primeira Guerra Mundial foi um acontecimento europeu.
b) pessoas que assistiram à morte do mundo em 1914 ainda estavam vivas àquela época.
c) a guerra acabou com a belle époque e os hábitos vitorianos.
d) servidão civil feminina era uma questão que ainda perdurava àquela época.
e) alguns hábitos e conceitos anteriores à guerra pareciam eternos
Gabarito Oficial: Letra D
Proposta de Recurso:
A banca considerou que a redação da letra D expressa uma opinião.
Discordamos respeitosamente desse gabarito.
A única justificativa para entender essa redação como um juízo de valor é associar ao advérbio “ainda” um valor subjetivo. No entanto, isso não corresponde à realidade, pois o advérbio “ainda”, no contexto, transmite uma ideia de tempo, independente de opinião. Ao se afirmar que “a servidão civil feminina … ainda perdurava àquela época”, quer-se dizer que a servidão feminina já existia em épocas anteriores e continuava a existir àquela época. Trata-se não de uma opinião, e sim de um fato.
Já na letra E, o emprego do verbo “parecer” dá à redação um valor subjetivo. Ao se afirmar que “alguns hábitos e conceitos anteriores à guerra pareciam eternos”, o atributo “eterno” é resultado de uma percepção do indivíduo – no caso, o autor -, e não de um fato. Trata-se, assim, de uma opinião, pois seu conteúdo está sujeito a contestação.
Isso posto, julgamos pertinente a troca do gabarito oficial de letra D para letra E.
José Maria
Professor de Língua Portuguesa para concursos há 10 anos. Atuou como Consultor de Língua Portuguesa na CNI (Confederação Nacional da Indústria) no Projeto Educação Livre. É autor de livros e materiais didáticos para ENEM e Concursos Públicos. Formado em Engenharia Eletrônica pelo ITA.
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