Maurício Miranda Sá • 20/10/2020
O concurso PC AL é aguardado pelos candidatos a uma vaga na Polícia Civil das Alagoas desde o ano de 2018. Em agosto deste ano, porém, o governador Renan Filho prometeu uma nova seleção para janeiro de 2021.
Agora, segundo o Portal Gazeta Web, servidores da corporação, bem como o Sindpol AL (Sindicato dos Policiais Civis) acreditam que há, aproximadamente, 30 mil inquéritos parados nos 143 postos policiais do Estado.
Um número bem superior (10 mil a mais) àquele observado em janeiro deste ano, o que reforça a necessidade urgente de nova seleção para provimento de cargos no órgão.
Antônio Carlos Lessa, novo presidente da Adepol (Associação dos Delegados), apesar de não bater o martelo nessa estimativa de inquéritos parados, acredita que são muitos.
Com efetivo já baixo, a PC AL acredita que 40% dos atuais servidores já estão aptos a se aposentarem. Esse número é capaz de aumentar ainda mais a incapacidade do órgão, o que irá contribuir para o aumento da impunidade.
A estatística da Segurança Pública ainda traz a informação de que a violência no estado das Alagoas teve um aumento enorme (11%) entre os meses de janeiro e agosto de 2021.
Segundo Ricardo Nazário, presidente do Sindpol, “a pandemia do coronavírus fez piorar o trabalho da polícia judiciária”. Assim, os delegados estão “obrigados” a dar preferência a casos de homicídios, tentativas de assassinatos e outros crimes rumorosos.
Portanto, crimes de menor poder ofensivo ou assassinatos de autoria desconhecida estão sendo preteridos, ou seja, deixados em segundo plano, aumentando o quantitativo de inquéritos parados.
Nazário afirma que a culpa pela falta de estrutura nas delegacias de Polícia Civil nas Alagoas é do governo, que não cumpriu a promessa de realizar o concurso PC AL, visando aumentar o efetivo da corporação.
Assessores do governo, porém, afirmam que a nova seleção já está prevista para o ano de 2021, mas a data, apesar de indicada pelo governado, segue indefinida até então.
O Sindipol revela um estudo que indica estarem fechadas 60 delegacias, por falta de estrutura física e mão de obra especializada.
Apesar das críticas, a PC AL reconhece que o problema é antigo, mas agravada pela falta de investimento em novos concursos públicos, para o provimento dos cargos de delegado, escrivães e agentes.
Do quadro de pessoal previsto em lei para atender a população, a Polícia Civil deveria ter, pelo menos, quatro mil agentes e escrivães. Esse número é de 1.600, com 40% desses estando aptos a se aposentarem.
As últimas informações dão conta de que a comissão responsável pelo concurso PC AL já está formada há algum tempo e os próximos passos devem ser a escolha de banca e edital.
São aguardadas 300 vagas para provimento imediato, sendo elas divididas entre os cargos de delegado, agente e escrivão da seguinte forma:
Em 2018, o governador sancionou lei que reajustou salários de agentes e escrivães. Portanto, o valor ficou em R$ 3.800,00, podendo chegar a R$ 10.763,58, dependendo do tempo de serviço e de cursos de formação.
O salário de delegado de Polícia Civil na Alagoas, por sua vez, em 2012, estava no valor de R$ 12.593,22 iniciais.
Nesse ano, o concurso PC AL foi organizado pela banca Cebraspe e ofertou vagas para os cargos de delegado (40), agente (240) e escrivão (120), totalizando 400 oportunidades.
As provas foram aplicadas em duas etapas distintas. A primeira, com algumas fases (de acordo com o cargo pretendido). A segunda fase foi o Curso de Formação Profissional (CFP). Confira abaixo.
O Teste de Aptidão Física contou com quatro exercícios, separados entre aqueles destinados aos candidatos do sexo masculino e candidatas do sexo feminino. Veja.
Nas provas objetivas, foram cobradas as disciplinas de português, informática, constitucional, administrativo, penal, processo penal, legislação complementar e medicina legal para ambos os cargos. Na disputa para o cargo de delegado, ainda foi exigido o conhecimento de civil.
Saber fazer revisões é fundamental no seu ciclo de estudos. Em poucos minutos, o professor Ronaldo Fonseca te dá uma dica de como organizar as suas:
Se janeiro foi bom para o mundo dos concursos, não se engane: fevereiro pode ser AINDA MELHOR.
Muita gente acha que o ano só começar depois do carnaval.
Spoiler: o nome deles não vai sair no Diário Oficial como aprovado em 2024.
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Maurício Miranda Sá
Jornalista no Direção Concursos e Servidor Público Federal lotado no TSE (Tribunal Federal Eleitoral), estudou Jornalismo, Rádio e TV na UFRN, Publicidade na UNP, Gerenciamento de Projetos pela ESPM e atuou como assessor de comunicação em diversos órgãos e instituições, como o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contras as Secas), Sindifern (Sindicato dos Auditores Fiscais do RN) e, por cinco anos, foi responsável pela divisão de comunicação da empresa Temos Casa e Art Design, produtos que desenvolveu, produziu e dirigiu no Rio Grande do Norte, sendo um complexo de comunicação com programa de TV, programete de Rádio, revista e portal na internet.
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