Concurso PRF: servidor descreve frustrações e realidade dos agentes administrativos

Em meio a um novo concurso PRF se aproximando para Policial Rodoviário Federal, a realidade dentro do órgão para outra carreira chama a atenção.

De acordo com um Agente Administrativo, que prefere não se identificar, a atuação dos cargos administrativos é marcada por descaso do órgão.

Aprovado no concurso PRF de 2014, o servidor relatou uma realidade marcada de frustrações. Segundo o agente, a PRF não dá a devida atenção para o cargo de Agente Administrativo, concentrando os esforços ao cargo de Policial Rodoviário Federal.

Além disso, o servidor aponta uma nítida discriminação interna entre os Policiais e os Agentes Administrativos.

Dos seis anos em que o Agente Administrativo atua, ele apontou que não há um uniforme específico, nunca houve movimentação interna para realizar um novo concurso PRF para Agente Administrativo nem de melhorias salariais.

Veja trecho do depoimento encaminhado pelo servidor:

Outro ponto em que o servidor denunciou de descaso é o fato de que certos benefícios não se estendem aos Agentes Administrativos.

Por exemplo, a Educação Física Institucional (EFI), em que uma hora é reduzida na jornada do Policial para ele realizar atividade física.

Os Agentes Administrativos, segundo ele, não possuem direito a esse benefício. O que o servidor denuncia é que muitos policiais utilizam do tempo disponibilizado para descansar, especialmente porque o órgão negligencia a comprovação de atividade física.

A única comprovação é um Teste de Aptidão Física (TAF), mas que não apresenta índices mínimos para passar.

Outra reclamação de descaso é que mesmo que a PRF esteja bastante informatizada, a compra de aparelhos para efetivos se direciona somente para os Policiais Rodoviários Federais.

Para os Agentes Administrativos, é preciso justificar a “necessidade” de cada compra.

Sobre um novo concurso PRF Agente Administrativo, o servidor vê poucas chances de acontecer por conta da alta flexibilização.

Segundo o servidor, muitos policiais rodoviários federais passam um ou dois anos “na pista” e, depois, procuram um jeito de ir para o serviço administrativo.

Ele usou como exemplo o fato de que a superintendência do Mato Grosso tem mais efetivo que as delegacias do estado.

Além disso, a PRF passou a contratar terceirizados chamados de “contínuos” para realizar as atividades administrativas.

Todos esses fatores acumulam e o Agente Administrativo relatou sofrer de ansiedade e frustração, atrapalhando os estudos e o impedindo de conseguir estudar com eficácia para entrar em outro órgão.

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Concurso PRF: qual situação atual?

O concurso PRF é cada vez mais esperado, especialmente após o presidente Bolsonaro afirmar que irá ocorrer uma nova seleção para 2 mil vagas em 2021.

A comissão do concurso PRF já está formado e o projeto básico já foi enviado. A organização aguarda a autorização para dar continuidade nos trâmites.

Durante entrevista no início deste mês, o diretor-geral, Eduardo Aggio, afirmou que novas contratações são investimento para segurança do país.

“Com novos policiais temos a capacidade de realizarmos um trabalho muito mais eficiente”, afirmou Aggio. Clique aqui e confira mais.

A expectativa é de 2.634 vagas para Policial Rodoviário Federal. Cargo exige nível superior completo em qualquer área. Além disso, é preciso ter Carteira Nacional de Habilitação de, no mínimo, tipo “B”.

Já se sabe que a seleção será de caráter nacional. E, de acordo com a estrutura remuneratório, um recém aprovado receberá R$ 10.357,88 de valor bruto.

Lembrando que um concurso PRF para Agente Administrativa já foi descartado pelo órgão.

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• Qual foi a nota de corte do último concurso PRF?
• Quais são os requisitos para ser um policial na PRF?
• 10 informações muito importantes sobre o Curso de Formação
• A remuneração detalhada de um Policial Rodoviário Federal

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