Larissa Lustoza • 03/02/2020
Você trocaria o topo da carreira de Polícia Federal pelo cargo de Analista de Controle Externo no TCE RJ? Para alguns, pode soar inacreditável, mas Antônio Algebaile, 51 anos, não se arrependeu da decisão.
Aprovado no último concurso TCE RJ, ocorrido em 2012, Antônio, aos 43 anos, deixou a carreira de policial e encontrou grande satisfação no novo cargo no Rio de Janeiro.
“O ambiente de trabalho é muito bom, a gente tem uma estrutura muito boa de trabalho, não só de estrutura física, mas de treinamento e atualização”, ele conta. “É um dia-a-dia muito gostoso e há várias atividades interessantes que estimulam. Não me arrependo de ter trocado [de carreira]”.
De início, ele achou o ritmo de trabalho diferente, afinal Antônio vinha de uma carreira de anos na área policial. Agora, ele atua na Secretaria de Controle Externo, no Núcleo de Informações Estratégicas.
Os servidores do setor atuam com informações de diversos meios externos e estudam os dados colhidos pelo estado, para subsidiar o planejamento de auditorias.
Para chegar até lá, porém, Antônio Algebaile dedicou muitas horas de estudo. Quando a seleção do TCE RJ estava para acontecer, ele estava sem estudar para concursos há oito anos. A boa parte é que ele já havia visto 80% do conteúdo, então realizou um esforço massivo para se concentrar nos 20% restante.
“Hoje, eu acredito que uma boa preparação leva, pelo menos, 5 horas por dia e o final de semana inteiro“, ele aconselha. “A dica que dou para a pessoa que vai realizar o novo concurso é que procure um curso que direcione e foque nas matérias principais, que são controle externo, auditoria e contabilidade, que vão cair para mundo”.
Ele alerta que são das matérias principais que, geralmente, saem as questões discursivas. Inclusive, atenta para que o candidato tenha uma preparação especial para esta etapa. “A discursiva foi no mesmo dia. São cinco horas, mas eu sai com a cabeça doendo”.
Neste ano, as discursivas serão aplicadas no dia seguinte às provas objetivas. “A pessoa precisa estar acostumada a escrever”, ele aconselha.
E, ponto importante, o próximo candidato precisa dedicar um estudo mais concentrado na área informática, pois é um conhecimento que será cobrado nas funções do servidor pós-aprovação. “Hoje, é exigido uma boa base de informática, uma boa análise de dados. Acabou aquela questão de ter uma informática básica, estamos querendo uma boa formação“.
Pelo o que Antônio Algebaile observa, os 40 novos aprovados serão muito “bem recebidos, bem-vindos e bem utilizados”, mas não serão suficiente para suprir a demanda do órgão.
“Sem menor dúvida, o tribunal tem uma demandada muito forte. Estamos perdendo muito gente na aposentadoria”. A necessidade de servidores é bem maior e ele acredita que mais aprovados devem ser convocados.
Os novos aprovados serão locados, inicialmente, na Secretaria Geral de Controle Externo, que se subdivide em diversas subsecretarias. Os candidatos devem permanecer no setor por, pelo menos, três anos e depois poderão ser locados em outras áreas.
Será se valeu a pena para Antônio Algebaile sair da carreira de Policial Federal para o TCE RJ? “Valeu demais a pena, falo isso com a maior tranquilidade“, conclui. “A remuneração muito boa, o ambiente é muito bom, a maior parte das pessoas que entram, a gente recebe de braços. São condições muito boas de se trabalhar”.
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Larissa Lustoza
Graduada em Jornalismo, já foi estagiária na área de Assessoria de Comunicação na Secretaria de Cultura do Distrito Federal, repórter por um ano no projeto de extensão da faculdade e estagiária no jornal online Metrópoles. Além disso, possui habilitação em design gráfico e em Lei de Acesso à Informação.
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