Victor Gammaro • 26/12/2019
Um projeto de lei quer reservar 25% das vagas de segurança pública para mulheres. O PL foi idealizado pelo deputado Roberto Pessoa (PSDB-CE) e, atualmente, tramita na Câmara dos Deputados.
Segundo o PL, a reserva de 25% deve estar expressa no edital dos concursos públicos, que deve descrever o total de vagas para cada cargo. As candidatas vão concorrer às vagas reservadas e à ampla concorrência.
Caso não haja candidatas aprovadas o suficiente, as vagas remanescentes serão convertidas para ampla concorrência.
No momento, o projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Trabalho, de Administração Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Em fevereiro, a deputada Renata Abreu (Podemos-SP) apresentou um projeto de lei que visa reservar 25% das vagas dessa área de seleções para mulheres.
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A proposta 140/2019 foi apresentada no começo de fevereiro. Agora, espera designação de relator na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. A regra seria aplicada sempre que o concurso na área de segurança oferecesse quatro vagas ou mais.
De acordo com o texto apresentado, o número de vagas para candidatas deve estar explícito no edital. As mulheres também concorreriam concomitantemente nas vagas de ampla concorrência.
A deputada que propôs o PL acredita que a causa surge em um momento politicamente oportuno. “Num momento histórico em que as políticas de gênero estão na pauta de discussões dos governos e sociedade, o objetivo foi subsidiar a formulação de projetos e políticas pautadas pelo respeito à diversidade de gênero” diz.
Segundo a pesquisa Perfil das Instituições de Segurança Pública (SENASP, 2011), menos de 20% do efetivo policial civil do país é do sexo feminino. Nas Polícias Militares e no Corpo de Bombeiros, os números são de 7,2% e 7,9%, respectivamente.
Em algumas instituições militares, já existem cotas para mulheres, como é o caso da Polícia Militar de Santa Catarina.
A deputada Renata Abreu também acredita que a entrada de mulheres nas policias pode melhorar a imagem institucional das corporações. “Afasta a imagem de truculência, corrupção e abusos. A atuação deixaria de ser eminentemente de força e intimidação, e passaria a ser mais técnica e protetiva”, defende.
Victor Gammaro
Jornalista formado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Trabalhou durante dois anos em agência de comunicação, além de experiência de três anos na redação do Correio Braziliense, como repórter da editoria de esportes. Entre outros eventos de relevância, cobriu as Olimpíadas do Rio de Janeiro, Copa do Mundo da Rússia e as Eleições Federais, em 2018. Coordenador de Jornalismo e Operações no Direção Concursos.
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