Larissa Lustoza • 10/11/2020
Em reunião promovida pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, economistas defenderam que os gastos com servidores públicos são essenciais e criticaram modelo proposta pela Reforma Administrativa.
O coordenador da reunião foi o deputado Professor Israel (PV-DF) que contestou os números dos estudos que se mostram a favor da reforma administrativa.
Usando como exemplo o estudo do Instituto Millenium, o deputado apontou que as pesquisas compararam gastos do pagamento da folha salarial e os gastos com educação e saúde, “desconsiderando que o principal elemento de um hospital é o médico, é o enfermeiro”.
Já o professor de Economia da Unicamp Márcio Pochamnn acredita que o modelo da Reforma Administrativa não parece ter um objetivo de longo prazo.
Além disso, afirmou que a reforma segue um modelo de contratação da República Velha, antes de 1930.
“No meu modo de ver, é um equívoco imaginarmos que esse receituário vai oferecer qualquer perspectiva de melhora. Pelo contrário, ao que parece é que nós estamos tendo como futuro a volta ao passado”, declarou o professor.
O professor de Economia da UFMG Frederico Jayme Jr. afirmou que os gastos públicos podem ser promotor de crescimento econômico. Além disso, ressaltou que o servidor estável tem um papel importante.
“A gente está vendo que está ocorrendo um desmonte do Ibama e da fiscalização ambiental. Mas não fossem os fiscais ambientais para se contrapor a esse desmonte, a situação seria muito pior“, afirmou.
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Em setembro deste ano, o Direção Concursos entrevistou o deputado Professor Israel, criticou o modelo proposto do governo de uma Reforma Administrativa e defendeu a estabilidade dos servidores públicos.
Além disso, o deputado afirmou que instalar outros modelos de regime de trabalho daria mais “vulnerabilidade” aos contratos de trabalho. Assim, o vínculo entre servidores e o Estado se tornariam menos concretos.
O professor declarou que é a estabilidade que faz o serviço público ser prestado de forma correta, sem que o servidor precise “puxar o saco” do chefe, com medo de ser demitido.
No entanto, o deputado concorda que é preciso uma mudança no serviço público. Ele acredita que serviços auxiliares e secundários podem ser terceirizados.
“Não dá para terceirizar saúde, educação, segurança pública, pesquisas e dados. Isso é precioso. É propriedade do país. Agora, eu posso colocar atendentes e vigilantes terceirizados. Posso contratar, de maneira mais simples, os serviços de limpeza, de jardinagem e de cozinha”, afirmou.
Confira a entrevista completa abaixo:
Enquanto a Reforma Administrativa continua o trâmite na Câmara dos Deputados, diversos concursos públicos estão previstos para 2021.
A grande parte são de órgãos incluídos nas Carreiras Típicas de Estado, cuja estabilidade não deve ser afetada. Confira algumas seleções:
CONCURSO SENADO FEDERAL
A comissão para organização do concurso Senado foi destituída. Processo já estava em escolha de banca e a vencedora teria sido a Cebraspe. Motivos seriam devido à pandemia. A previsão de seleção consta no projeto de Lei Orçamentária de 2021, então se pode esperar que o certame ocorra no próximo ano. Saiba mais sobre o concurso Senado aqui.
CONCURSO MPU
Um novo concurso MPU permanece como plano da gestão atual, mas o foco é no combate ao coronavírus. Previsão de arrecadação por inscrições em concurso público consta no projeto de Lei Orçamentária de 2021. Além disso, 97 provimentos estão autorizados.
CONCURSO POLÍCIA FEDERAL
Há um novo concurso Polícia Federal previsto, com falas do presidente afirmando que autorização saíra em breve. São previstas 2 mil vagas.
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CONCURSO POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
Há um concurso PRF previsto para ocorrer com edital lançado ainda este ano, se os desejos da instituição forem seguidos. Previsão é de 2,6 mil vagas para policiais. Projeto básico deve ser enviado para as empresas organizadoras de concursos públicos para escolha de banca.
Se janeiro foi bom para o mundo dos concursos, não se engane: fevereiro pode ser AINDA MELHOR.
Muita gente acha que o ano só começar depois do carnaval.
Spoiler: o nome deles não vai sair no Diário Oficial como aprovado em 2024.
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Larissa Lustoza
Graduada em Jornalismo, já foi estagiária na área de Assessoria de Comunicação na Secretaria de Cultura do Distrito Federal, repórter por um ano no projeto de extensão da faculdade e estagiária no jornal online Metrópoles. Além disso, possui habilitação em design gráfico e em Lei de Acesso à Informação.
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