Maurício Miranda Sá • 24/04/2020
O ministro da Justiça Sergio Moro pediu demissão do governo Bolsonaro na manhã desta sexta-feira (24/04/2020), após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. O juiz é um apoiador notório de editais importantes, como o do concurso PF.
Em sua coletiva de despedida, o agora ex-ministro relembrou a carreira e seu histórico no combate à corrupção, em especial na operação Lava-Jato. Relembrou que, quando convidado para a pasta, teria carta branca nas atuações contra corruptos e criminosos organizados.
Moro deixou claro que o estopim para sua saída foi a queda de Valeixo. Para ele, não havia nenhum motivo para a troca de comando na Polícia Federal. O ex-juiz mostrou-se incomodado com alegadas interferências de Jair Bolsonaro no trabalho do Ministério da Justiça.
Dada a insistência na saída de Valeixo, Moro afirmou que tentou escolher, junto à PF, o nome do atual diretor executivo Disney Rosseti, mas não obteve resposta do presidente, que pensa em outros nomes.
“Por que trocar? O problema não é quem entra, é por qual motivo entra. É uma opção política na escolha do comando da PF. Bolsonaro quer colher relatórios da inteligência. Isso não é papel da entidade”, disse. Em seguida, afirmou que Bolsonaro não o queria mais no cargo.
É sabido que Moro é um entusiasta da causa policial e, por diversas vezes, já comentou sobre a atuação das corporações, bem como sobre o aumento do efetivo da Policial Federal e Rodoviária Federal. No discurso de despedida, aliás, relembrou seus esforços na área dos concursos.
A ação de Moro nos bastidores influenciaram, por exemplo, a autorização do concurso Depen, que já tem até banca escolhida e deve ter edital na praça até 28 de junho.
PF e PRF estão trabalhando a todo vapor. Nunca se apreendeu tanta cocaína ou se combateu tão duramente o crime organizado. No próximo ano, com os concursos ampliados por decisao do PR @jairbolsonaro , serão fortalecidas e farão ainda mais e melhor. https://t.co/vfPSe30x8h
— Sergio Moro (@SF_Moro) August 21, 2019
Em maio de 2019, o então ministro da Justiça enalteceu o aumento do efetivo da PRF e afirmou que iria buscar medida semelhante para a PF.
“Teremos 1.047 policiais federais em atividade em breve [conforme decreto emanado pelo presidente da República]. Uma Polícia Federal forte representa um país mais seguro, com menos corrupção e menos drogas e armas na rua. Seremos firmes contra a corrupção e o crime organizado. Vamos ver se conseguimos algo similar para a PRF”, disse à época.
Com a saída de Maurício Valeixo, o mais cotado para assumir o cargo de diretor-geral da Polícia Federal é o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, que foi o chefe da equipe de segurança do então candidato à presidência Jair Bolsonaro.
Já para a vaga de Sergio Moro, são cotados André Mendonça, da Advocacia-Geral da União, e Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Assim, o concurso PF estará nas mãos dos novos mandatários da pasta de Segurança Pública, bem como da própria corporação. Aguardam-se cenas dos próximos capítulos.
A Polícia Federal pode sim ter edital publicado ainda em 2020 com a oferta de MIL VAGAS. Vale lembrar que o órgão tem autonomia, ou seja, não depende de autorização do Ministério da Economia para lançamento de nova seleção de servidores.
A divulgação de um possível cronograma do certame vazou em jornais especializados e, de acordo com o documento, a autorização do concurso Polícia Federal seria divulgada em maio deste ano (2020). O edital, por sua vez, seria publicado em 21 de novembro.
A equipe de jornalismo do Direção Concursos conseguiu obter a confirmação da informação com Delegado da Polícia Federal no estado do Rio Grande do Norte, mas em contato realizado com a Assessoria de Comunicação da Polícia Federal, a notícia não foi confirmada.
Apesar de a imagem estar com má visualização, no cronograma, um novo concurso seria destinados aos cargos listados a seguir, com o sguinte montante:
De toda forma, os concursos da área policial seguem sendo o grande foco das administrações públicas.
A PCDF já alertou que pediu URGÊNCIA nos processos de escolha de banca para o certame de Agente PCDF. A medida foi anunciada em 23 de abril pelo diretor-geral do órgão.
A PCPR abre inscrições no começo de maio, enquanto a PCRJ trabalha com editais lançados após o pico da pandemia do coronavírus. A Polícia Civil do RN é outra que deve ter edital ainda no primeiro semestre.
Vale lembrar que a PM SP já tem edital publicado para Oficial, apesar de suspenso devido à Covid-19. A Polícia Legislativa do Senado, por sua vez, terá o documento de abertura lançado assim que o país mostrar sinais de recuperação pós-pandemia.
No sábado (25/4), o Direção Concursos irá promover um SIMULADÃO POLICIAL, para você testar seus conhecimentos nas principais matérias cobradas nas seleções.
O caderno de questões será enviado às 9h00 por e-mail. A partir das 14h, será iniciada a correção de todo o simulado.
Para receber o caderno de questões é importante que você faça seu cadastro neste link!
Maurício Miranda Sá
Jornalista no Direção Concursos e Servidor Público Federal lotado no TSE (Tribunal Federal Eleitoral), estudou Jornalismo, Rádio e TV na UFRN, Publicidade na UNP, Gerenciamento de Projetos pela ESPM e atuou como assessor de comunicação em diversos órgãos e instituições, como o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contras as Secas), Sindifern (Sindicato dos Auditores Fiscais do RN) e, por cinco anos, foi responsável pela divisão de comunicação da empresa Temos Casa e Art Design, produtos que desenvolveu, produziu e dirigiu no Rio Grande do Norte, sendo um complexo de comunicação com programa de TV, programete de Rádio, revista e portal na internet.
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