Hugo Lima • 11/05/2021
11/05/2021O Teste ANPAD de junho se aproxima. A prova será aplicada em 27/06/2021. As inscrições já estão abertas no site da ANPAD e se encerram dia 07/06/2021.
Devido a situação atual por conta da pandemia da Covid-19, a Edição de Junho de 2021 do Teste ANPAD será realizada única e exclusivamente em versão on-line, tanto na modalidade de Orientação Acadêmica quanto na Orientação Profissional.
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Agora, pensando na proximidade da sua prova, vamos resolver quatro questões de provas anteriores da ANPAD, de raciocínio lógico. Vem comigo!
Aqui nesses links você encontra questões da prova de fevereiro de 2021 resolvidas, tanto de raciocínio analítico quanto de raciocínio lógico e quantitativo.
Considere as seguintes sentenças abertas, definidas no conjunto dos números inteiros.
p(x): o número x não é par.
q(x): o número x não é ímpar.
Considere também a seguinte proposição:
r: dado um número inteiro qualquer, ele é par ou ímpar.
A proposição r é logicamente equivalente à proposição simbolicamente representada por:
A) ∃x,(~p(x))v(~q(x))
B) ∀x,p(x)^q(x)
C) ∃x,p(x)vq(x)
D) ∀x,~(p(x)vq(x))
E) ∀x,(~p(x))v(~q(x))
RESOLUÇÃO:
A proposição r apresenta uma verdade: qualquer número inteiro é par ou ímpar. Vamos agora buscar uma proposição que é logicamente equivalente a r.
A) ∃x,(~p(x))v(~q(x))
Aqui a proposição nos diz que existe x para o qual x é par ou x é ímpar. Essa disjunção é verdadeira. No entanto, não é logicamente equivalente a r uma vez que se refere a um único valor de x, quando deveria valer para qualquer inteiro.
B) ∀x,p(x)^q(x)
Aqui a proposição nos diz que para qualquer x, x não é par e x não é ímpar, o que é um absurdo.
C) ∃x,p(x)vq(x)
Aqui a proposição nos diz que existe x tal que x não é par ou x não é ímpar. Essa disjunção é verdadeira. No entanto, não é logicamente equivalente a r uma vez que se refere a um único valor de x, quando deveria valer para qualquer inteiro.
D) ∀x,~(p(x)vq(x))
Fazendo a negação da disjunção obtemos (~p(x))^(~q(x)).
Aqui a proposição nos diz que para qualquer x, x é par e x é ímpar, o que é um absurdo.
E) ∀x,(~p(x))v(~q(x))
Aqui a proposição nos diz que para qualquer x, x é par ou x é ímpar. Esse é o gabarito.
RESPOSTA: E
João falou:
“Se o livro é simples ou estou em um bom dia, então entendo o que leio.
Se não entendo o que leio, então decido fora de hora ou decido erradamente.
Não entendi o que li naquele livro, mas, pelo menos, decidi na hora esperada.”
Supondo que seja verdade o que João disse, conclui-se que ele
A) leu um livro que não era simples, não estava em um bom dia, mas decidiu corretamente.
B) não decidiu erradamente, ou estava em um bom dia.
C) decidiu erradamente apesar de o livro ser simples.
D) leu um livro que não era simples, mas estava em um bom dia e decidiu corretamente.
E) leu um livro que não era simples, não estava em um bom dia e decidiu erradamente.
RESOLUÇÃO:
Reescrevendo as premissas, temos:
I. Se livro simples ou bom dia, então entendo.
II. Se não entendo, então fora de hora ou erradamente.
III. Não entendo e decidi na hora –> aqui temos uma conjunção. Para que ela seja V, precisamos de “não entendo” ser V e “decidi na hora” também ser V.
Se “não entendo” é V, então “entendo” é F. Logo, para que a primeira premissa seja V, temos que “livro simples ou bom dia” deve ser F. Para isso, tanto “o livro é simples” quanto “estou em um bom dia” são F.
Como “não entendo” é V, para que a segunda premissa seja V, precisamos que “fora de hora ou erradamente” seja V. Como “decidi na hora” é V, então “decido fora de hora” é F. Com isso, “decido erradamente” tem que ser V.
Perceba que a única alternativa que apresenta conclusões semelhantes às grifadas acima é a da letra E.
RESPOSTA: E
Maria postou um comentário irônico em uma mídia social: “É verdade, ou se enganaram”, só que não (#sqn)! Ou seja, a intenção de Maria era negar a proposição que está entre aspas.
De forma logicamente equivalente, tal negação poderia ter se dado como:
A) Não é verdade, nem enganaram-se.
B) É verdade, mas enganaram-se.
C) É mentira, ou não enganaram-se.
D) Enganaram-se, mas não é verdade.
E) É mentira, ou enganaram-se
RESOLUÇÃO:
Entre aspas temos uma disjunção. A negação lógica é dada pela conjunção:
Não é verdade e não se enganaram.
Podemos reescrevê-la como não é verdade, nem enganaram-se.
RESPOSTA: A
Na noite passada, várias galinhas desapareceram do galinheiro de Seu Zé. Logo que notou o desaparecimento, Seu Zé contratou uma detetive particular. Após investigar brevemente o local, ela fez as seguintes observações, todas corretas:
Se as galinhas não fugiram por conta própria, então foram levadas por um gambá ou por Seu Xavier, o fazendeiro vizinho.
Se a cerca está firme no lugar, as galinhas não podem ter fugido por conta própria.
Se não foram levadas pelo Seu Xavier, então certamente há rastros no mato próximo.
Se foi obra de um gambá, então há de haver um furo nas tábuas do galinheiro.
Depois de enunciar essas frases, a detetive prosseguiu a investigação, encontrou evidências e solucionou o mistério. Analise abaixo possíveis evidências e possíveis conclusões obtidas pela detetive.
I. Ela observou que a cerca estava fora do lugar e concluiu que as galinhas fugiram por conta própria.
II. Ela notou que a cerca está firme no lugar e que não há furo nas tábuas do galinheiro, concluindo que Seu Xavier é o culpado.
III. Ela avistou rastros no mato próximo e observou que a cerca está firme no lugar, concluindo que o culpado é um gambá.
São conclusões lógicas consistentes aquelas que se encontram em
A) I, apenas.
B) II e III, apenas.
C) II, apenas
D) I,II e III.
E) I e III, apenas
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada conclusão obida.
I. Ela observou que a cerca estava fora do lugar e concluiu que as galinhas fugiram por conta própria.
A evidência aqui é de que a cerca estava fora do lugar. Assim, na premissa “se a cerca está firme no lugar, as galinhas não podem ter fugido por conta própria”, temos uma condicional em que o termo antecedente é falso. Ou seja, essa condicional é verdadeira, não importando o valor lógico do consequente. Assim, não podemos concluir que as galinhas fugiram por conta própria.
II. Ela notou que a cerca está firme no lugar e que não há furo nas tábuas do galinheiro, concluindo que Seu Xavier é o culpado.
As evidências aqui são de que a cerca está firme e que não há furo nas tábuas do galinheiro. Como a cerca está firme, é necessário que “as galinhas não podem ter fugido por conta própria” seja V para que a premissa seja V.
Em “Se foi obra de um gambá, então há de haver um furo nas tábuas do galinheiro”, o termo consequente é falso, obrigado o termo antecedente a ser F para que a condicional seja V. Assim, conclui-se que não foi obra de um gambá.
Em “Se as galinhas não fugiram por conta própria, então foram levadas por um gambá ou por Seu Xavier” temos uma condicional em que o termo antecedente é V. Assim, o termo consequente deve ser V para que a premissa seja V. O termo consequente é uma disjunção. Uma das proposições da disjunção é falsa, já que concluímos que não foi obra de um gambá. Assim, obrigatoriamente, as galinhas foram levadas por seu Xavier. A conclusão aqui obtida foi apropriada.
III. Ela avistou rastros no mato próximo e observou que a cerca está firme no lugar, concluindo que o culpado é um gambá.
A primeira evidência aqui são os rastros no mato próximo, fazendo com que o termo consequente da terceira premissa seja V. Essa condicional é V independentemente de qual seja o valor lógico de “não foram levadas pelo Seu Xavier”.
A segunda evidência são que a cerca está firme. Como vimos anteriormente, se a cerca está firme, é necessário que “as galinhas não podem ter fugido por conta própria” seja V para que a premissa seja V.
Em “Se foi obra de um gambá, então há de haver um furo nas tábuas do galinheiro”, o termo consequente é falso, obrigado o termo antecedente a ser F para que a condicional seja V. Assim, conclui-se que não foi obra de um gambá. Portanto, é errado concluir que o culpado é um gambá.
Assim, são conclusões lógicas consistentes aquelas que se encontram em II, apenas.
RESPOSTA: C
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